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Presidente da República decreta renovação do Estado de Emergência até ao dia 16 de março

25 Fevereiro 2021
Presidente da República decreta renovação do Estado de Emergência até ao dia 16 de março
País
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O Presidente da República desaconselhou hoje um desconfinamento antes da Páscoa, por “uma questão de prudência e de segurança”, argumentando que esse período é “arriscado para mensagens confusas ou contraditórias”.
Numa declaração ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, após ter decretado a renovação do Estado de Emergência até 16 de março, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é preciso “ganhar até à Páscoa o verão e o outono deste ano”.
“Por outras palavras, a Páscoa é um tempo arriscado para mensagens confusas ou contraditórias, como, por exemplo, a de abrir sem critério antes da Páscoa, para nela fechar logo a seguir, para voltar a abrir depois dela. Quem é que levaria a sério o rigor pascal? É, pois, uma questão de prudência e de segurança manter a Páscoa como marco essencial para a estratégia em curso”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Antes, o chefe de Estado apontou como desafio ao Governo, a quem compete agravar ou aligeirar as medidas de contenção da Covid-19, “basear-se na consciência de quem decide, e não na preocupação de seguir a opinião de cada instante”, que “ora quer fechar por medo, ora quer abrir por cansaço”.
“Decidir em consciência é fundar-se em critérios objetivos e claros, como são os de indicadores da gravidade da pandemia, da pressão nas estruturas de saúde, da vacinação, da testagem, do rastreio e deve ter presentes os sinais certos a dar aos portugueses”, sustentou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este é um momento em que tem de haver “a solidariedade institucional e a solidariedade estratégica entre o Presidente da República, a Assembleia da República e o Governo” e assegurou que “assim continuará a ser”.
“Sendo certo que o Presidente da República é, pela natureza das coisas, o principal responsável”, reiterou Marcelo Rebelo de Sousa.