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Eleitora de Vila do Conde já tinha o voto na urna, votou novamente e mesa passou a ter um a mais

27 Janeiro 2021
Eleitora de Vila do Conde já tinha o voto na urna, votou novamente e mesa passou a ter um a mais
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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu, até às 18 horas deste domingo, “cerca de uma dezena reclamações” de eleitores que foram impedidos de votar nas Eleições Presidenciais, porque no caderno eleitoral constava a informação de que já teriam cumprido o seu direito, há uma semana atrás, na votação antecipada.
Gonçalo Nunes foi um dos queixosos: apresentou queixa, por escrito, na mesa de voto número 6 da escola Vieira da Silva, em Carnaxide, onde quis votar e não pôde.
“A CNE disse-me que não há muito a fazer. Pediu-me para enviar um e-mail a explicar a situação. Também fiz queixa na polícia, mas não serve de muito.”
Aconteceu o mesmo a Francisco Matos, em Cascais: “sugeriram-me que apresentasse queixa no site da CNE, porque seria mais rápido. Mas conheço mais pessoas que tiveram o mesmo problema e sei que houve até um senhor que até acabou por votar”.
No caso de Cláudia Costa, em Vila do Conde, foi o que aconteceu. Depois de algumas reclamações, acabou mesmo por votar, mas a urna onde votou passou a ter mais um voto.
“Fiz participação na mesa de voto, entraram em contacto com a Câmara e o responsável pelas Eleições da Autarquia deixou-me votar. Vão ter que redigir uma ata, porque a minha mesa vai ter um voto a mais. Disseram-me que o Tribunal iria analisar o caso para apurarem as responsabilidades.”
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), João Tiago Machado, adiantou que as queixas “serão analisadas antecipadamente”, sem poder, “para já”, adiantar qualquer explicação para o sucedido: “é um processo que carece de investigação”.
Os eleitores em causa inscreveram-se no voto antecipado em mobilidade, mas não se deslocaram à urna. Quando este domingo se apresentaram na mesa para votar, foram impedidos de o fazer, porque alguém já o teria feito por eles. Até lhes foi exibido o envelope azul com a sua identificação, de onde, de manhã, foi retirado o boletim para ser inserido na urna. Por isso, vai ser contabilizado, garantiu o porta-voz da CNE.
“Depois, possivelmente, o juiz vai pedir os boletins da secção de voto em causa e depois decidirá o que fazer”, acrescentou João Tiago Machado da CNE.