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Junta de Freguesia de Mindelo vai ter eleições intercalares devido a demissão do presidente

5 Novembro 2019
Junta de Freguesia de Mindelo vai ter eleições intercalares devido a demissão do presidente
Política
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Domingos Duarte da Silva, presidente da Junta de Freguesia de Mindelo, em Vila do Conde, apresentou a sua carta de demissão, com efeitos imediatos, no final do mês de outubro.
A informação foi revelada, em comunicado, pelo presidente da Assembleia de Freguesia de Mindelo, Cláudio Rodrigues Matos, salientando que “estou a levar a cabo todas as diligências para que seja assegurada a constituição de um novo executivo, com a máxima urgência. Contudo, face à distribuição de mandatos, é necessário um período de negociação”, lê-se no mesmo documento.
Falhadas as tentativas de acordo para a formação de um executivo na Junta de Mindelo, os elementos do Partido Socialista demitiram-se e a freguesia vai ter eleições intercalares.
“Não foi possível obter o acordo pretendido para levar a efeito a constituição de executivo da Junta de Freguesia”, explicou, em comunicado, o presidente da Assembleia de Freguesia, Cláudio Rodrigues Matos, do movimento independente Nós Avançamos Unidos (NAU).
Cláudio Rodrigues Matos diz que foram “esgotadas todas as possibilidades de negociação” e que os elementos do Partido Socialista, que lideravam a Junta de Freguesia de Mindelo, decidiram “apresentar a demissão em bloco”.
Os problemas na Junta de Freguesia de Mindelo começaram logo na noite eleitoral. A primeira contagem terá dado a vitória ao movimento independente Nós Avançamos Unidos (NAU) por 60 votos, mas, no final, o Partido Socialista acabaria por ganhar por 16 votos, depois de três contagens, presença da GNR e uma queixa à Comissão Nacional de Eleições.
Logo de seguida, o socialista Domingos Duarte, com apenas um terço dos votos, quis escolher o executivo de freguesia sozinho, mas não viu os nomes serem aprovados pela oposição, tendo, durante dois anos, um executivo não aprovado.
Em março de 2019, a Comissão Nacional de Eleições concluiu que pode ter sido violada a Lei Eleitoral e remeteu o caso para o Ministério Público.
Agora, Cláudio Rodrigues Matos diz que, falhadas as negociações, resta-lhe “pedir ao Ministério da Administração Interna que marque eleições intercalares”.