Última hora

Presidente da IL Rui Rocha acusa PSD de ceder ao PS e seguir caminho do “que se lixe o País”

31 Agosto 2024
Presidente da IL Rui Rocha acusa PSD de ceder ao PS e seguir caminho do “que se lixe o País”
Política
0

O presidente da Iniciativa Liberal acusou esta sexta-feira o PSD de estar a ceder ao PS nas negociações do Orçamento de Estado para 2025 e seguir um caminho em que começa “a dizer ‘que se lixe o país’”.
“Eu recordo que já houve momentos em que se defendia qualquer coisa como ‘que se lixem as Eleições’. E, agora, parece-me que estamos num caminho em que o PSD começa a dizer ‘que se lixe o País’, e isso, de facto, parece-nos muito preocupante, não por nós, mas pelo País”, afirmou Rui Rocha à margem de uma visita à AgroSemana – Feira Agrícola do Norte na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.
O líder liberal disse que os sinais que tem recebido nos últimos meses do PSD são de cedência ao PS e que, caso esse seja o caminho escolhido, “o País vai ter mais do mesmo”.
“Ora, para esse tipo de posicionamento, nós não estamos disponíveis”, garantiu.
E insistiu: “se é para ter um País semelhante àquele que tínhamos com António Costa [ex-Primeiro-ministro], não estamos disponíveis e não viabilizaremos um orçamento que perpetua alguns dos piores vícios políticos com uma compra de clientelas sem assegurar a reestruturação e a reforma”.
A preocupação da Iniciativa Liberal é que se for verdade que o PSD vai negociar com o PS o Orçamento de Estado no final, aquilo que são os desígnios fundamentais do País, acabem por não ficar refletidos, justificou Rui Rocha.
“Nós sabemos bem que o que o PS deseja é um País em que há uma distribuição de uma riqueza que não se cria e, portanto, nós temos que criar riqueza”, frisou.
Dizendo que com a Iniciativa Liberal não há troca de correspondência, ao contrário do que acontece entre PSD e PS, Rui Rocha lembrou que a posição dos liberais “é muito clara”, motivo pelo qual está “extremamente tranquilo”.
“Aquilo que nós desejamos e exigimos para o País é que haja uma mudança estrutural da economia e da sociedade portuguesa. Nós queremos um País que muda não porque a mudança em si é boa, mas porque o país precisa mesmo de mudar”, sublinhou.
O presidente da Iniciativa Liberal afirmou ainda que quem está “talvez um bocadinho calmo demais” para um País que precisa de mudar é o Primeiro-ministro, Luís Montenegro.
“Nós, a estagnação já tivemos, o que queríamos ver era energia, motivação, capacidade de inovar, coragem e, isso, temos visto muito menos do que aquilo que desejávamos”, especificou.
Portugal precisa de pôr de a economia a crescer, de dar perspetivas profissionais aos jovens, que a saúde funcione e, sobretudo, o Estado, defendeu.
Exemplificando, Rui Rocha assumiu que o assalto ao edifício da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna na madrugada de quarta-feira é “um exemplo de que algo não funciona”.
“Isso faz-nos pensar que o Estado não está a funcionar em muitas áreas que são nucleares. Às vezes mete-se em muitas coisas que não lhe dizem tanto respeito e não assegura o seu funcionamento básico”, concluiu o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha.