O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, desafiou hoje, na Póvoa de Varzim, os portugueses a refletir se querem “um demitido” para Primeiro-ministro, referindo-se ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, um candidato que “vai acumulando nódoas no currículo”.
“Pedro Nuno Santos demitiu-se. Tudo o que sabemos até agora do que foi acontecendo, se foi apurando, faria que ele se fosse demitindo praticamente todas as semanas. Demitiu-se por um motivo, mas tudo o que se conhece da gestão da TAP, da falência dos transportes e da habitação, faria com que Pedro Nuno Santos estivesse a repetir sucessivas demissões. Podemos acreditar que um demitido seja solução para Portugal. Eu não acredito e convido os portugueses a refletirem muito bem sobre isso”, referiu Rui Rocha.
O presidente da Iniciativa Liberal disse que “já não há produto de limpeza que possa branquear o que foi o desempenho de Pedro Nuno Santos”, que tem “acumulado nódoas no currículo”.
“O problema é que Pedro Nuno Santos quer ser Primeiro-ministro de Portugal e temos, nós portugueses, de olhar para esta acumulação de nódoas que não pode nem deve ser branqueada e fazer uma pergunta muito simples: queremos que uma pessoa que não sabe gerir a TAP, que não soube criar soluções na habitação nem nos transportes, tenha sequer ter a hipótese de ser Primeiro-ministro de Portugal? Eu não quero. Não quero por mim, pela minha família. Não quero pelos meus filhos, sobretudo”, afirmou o líder da Iniciativa Liberal.
Na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, onde Rui Rocha foi contactando com vendedoras e clientes, tendo ouvido muitas queixas sobre a falta de poder de compra, o líder da Iniciativa Liberal focou a sua intervenção num apelo ao voto nas legislativas de 10 de março e na necessidade de criar condições para que os jovens se mantenham em Portugal.
“Temos de dar um sentido de urgência a esta mudança. O país não tem mais tempo a perder. Não basta mudar o Governo, é preciso mudar o país. Não podemos continuar dia após dia, semana após semana, ano após ano, década após década, a perder os nossos jovens. A dizer-lhes que a única solução é sair de Portugal. Temos de inverter isto”, disse Rui Rocha.
O líder da Iniciativa Liberal considerou que “o PS está no Governo há oito anos e em oito anos não conseguiu resolver nenhum dos problemas do País”, apontando que se o fizer agora é por motivos eleitoralistas e por estar “pressionado”.
“Sabemos como está a saúde e a habitação, os transportes e relativamente à função pública foi completamente incapaz de resolver os problemas das pessoas. Acredito que o PS teve todo o tempo do mundo para resolver as questões do País e não o fez. Se resolver alguma coisa agora é só porque está tão pressionado e por eleitoralismo avançará com algumas medidas, mas não deixam de ser medidas eleitoralistas e que fazem transparecer o que foi a gestão do PS: empurrar, empurrar, empurrar”, considerou.
Já, a propósito da saída de António Maló de Abreu do PSD para o Chega, confrontado sobre se teme que também da Iniciativa Liberal saiam pessoas para outros partidos, Rui Rocha disse só ter preocupação com duas saídas.
“As únicas saídas que me preocupam são a saída do PS do Governo e a saída de jovens para o estrangeiro. Temos um em cada três jovens de Portugal a viver fora do país. A Iniciativa Liberal quer dizer, com sentido de responsabilidade e ambição, que há um país onde os jovens podem ficar. O nosso foco total está nisso e em tirar o PS do Governo”, concluiu Rui Rocha.