A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aprovou um orçamento de 65,3 milhões de euros para 2021, que contempla uma verba de milhão de euros para combater as consequências da pandemia de Covid-19, anunciou o presidente da autarquia.
Aires Pereira vincou que essa verba se destina a apoios sociais para as famílias em dificuldades, mas também para ajuda ao comércio local “tão importante para a criação de riqueza do concelho”.
“Fizemos um orçamento na medida das receitas dos anos anteriores, e não temos expectativa de que haja uma redução significativa. Conseguimos resistir a este período difícil, mas vamos aumentar a despesa perante a situação de pandemia, com apoios diretos na ordem de um milhão de euros”, explicou o autarca do PSD.
O documento, aprovado segunda feira, que tem um aumento de dois milhões de euros em relação ao orçamento de 2020, permite, segundo Aires Pereira, “dar resposta de execução a todos os investimentos que o município tem em curso”.
“Temos situação controlada do ponto de vista financeiro. As nossas contas são saudáveis, mas, nos tempos que vivemos, obrigam a uma vigilância próxima, até para percebermos se conseguimos lançar novos investimentos”, disse o presidente da autarquia poveira.
Ainda assim, para 2021 a Câmara da Póvoa de Varzim, que também reforçou as verbas para a Juntas de Freguesia em 700 mil euros para um milhão, tem previsto um investimento direto em obras num valor 27 milhões de euros.
Na lista de intervenções previstas estão, entre outras, a continuação da via circular urbana, a construção do pavilhão polidesportivo da Escola Eça de Queirós, a reabilitação e construção de ruas na cidade e nas freguesias, intervenções na rede de saneamento e distribuição de água e a requalificação de várias escolas.
O orçamento da Câmara Municipal para 2021, o último deste mandato de Aires Pereira, foi aprovado com os votos favoráveis dos vereadores do PSD e mereceu a abstenção dos elementos do PS, a única força de oposição com representação no executivo poveiro.
Os socialistas justificaram a abstenção lembrando que o orçamento “não é diferente dos outros anos”, notando “uma pequena evolução na despesa corrente”.
“Não é o nosso orçamento. Achamos que a prioridade deveria ser atrair investimento e indústria para o concelho, e também apoiar os comerciantes de forma mais direta. Mas são as opções da maioria e temos de respeitar, sem deixar de mostrar o nosso ponto de vista”, disse o vereador do Partido Socialista José Milhazes.