Câmara Municipal da Trofa aprova orçamento no valor de 96,9 milhões de euros para 2025

Política

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A Câmara Municipal da Trofa aprovou, com a abstenção do PS, o orçamento para 2025, no valor de 96,9 milhões de euros, um aumento de 15,34% em relação a 2024, revelou em comunicado o município do distrito do Porto.
Citado pela nota de imprensa, o presidente da autarquia, António Azevedo, justificou o aumento do valor do orçamento com o projeto de requalificação de equipamentos desportivos, reforçado em 2,15 milhões de euros, comparativamente a 2024, empreitadas de requalificação, beneficiação e valorização energética dos centros de saúde, projeto reforçado em 1,1 milhões, e a beneficiação de arruamentos, que perfaz mais 4,38 milhões de euros.
O autarca revela haver outros “investimentos que serão objeto de candidaturas a fundos comunitários”.
No campo da despesa, o município informa que as despesas de capital têm um impacto de 54,24% no orçamento global, a que se juntam as despesas correntes (43,06%) e as relativas aos passivos financeiros (2,69%).
Em contraponto, as receitas correntes representam 46,50% do orçamento global, sendo as restantes receitas, distribuídas pelas receitas de capital com um peso de 51,10% e pelas receitas com passivos financeiros que representam 2,40% do orçamento global”, lê-se no documento que assinala uma poupança corrente superior a 3,3 milhões de euros.
Relativamente aos impostos, o município da Trofa anunciou a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,41% para 0,39% e da participação variável no IRS de 0,48% para 0,40%.
A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.
Nos outros impostos, a Taxa Municipal de Direitos de Passagem mantém-se nos 0,25% tal como a Derrama nos 1,5% para as empresas que não ultrapassem os 150.000,00 euros o volume de negócios em 2024.
“O orçamento para 2025 visa fortalecer o apoio direto às famílias trofenses através da redução de impostos e aumento dos benefícios fiscais locais. (…) Estas ações foram planeadas para reduzir a carga tributária e oferecer suporte adicional aos agregados familiares, priorizando também investimentos em infraestruturas e serviços essenciais que fortalecem o território local e a qualidade de vida da população”, afirmou António Azevedo.
O vereador do PS Amadeu Dias justificou a abstenção por considerar tratar-se de um “orçamento eleitoralista, que no último ano do mandato quer resolver problemas que já vêm do mandato anterior”.
“Trata-se de necessidades urgentes que só agora são consideradas pelo executivo”, acrescentou o vereador, crítico, também, da aprovação na reunião de hoje de “um empréstimo de 6,5 milhões de euros para os investimentos há muito reclamados pelo PS”.