O canoísta vila-condense José Leonel Ramalho conquistou no passado sábado a medalha de prata na prova de K1 dos mundiais de maratonas de canoagem na Croácia, o terceiro pódio de Portugal em Metkovic.
O vila-condense, de 42 anos de idade, cumpriu os 29,8 quilómetros do trajeto em 2:05.53 horas, mais 2.25 minutos do que o dinamarquês Mads Pedersen, vencedor em 2:03.28 horas.
Já no domingo, a dupla de canoístas José Leonel Ramalho e Fernando Pimenta conquistaram a medalha de ouro na prova de K2 dos mundiais de maratonas de canoagem, na Croácia, o sexto pódio de Portugal em Metkovic.
A dupla lusa, que tinha sido campeã em 2022, em Ponte de Lima, e 2023, na Dinamarca, voltou a subir ao lugar mais alto do pódio, concluindo os 29,8 quilómetros do percurso em 01:53.56,58 horas, com pouco mais de um segundo de vantagem sobre os franceses Quentin Urban e Jeremy Candy, enquanto os húngaros Adrian Boros e Tamas Erdelyi foram terceiros, a 23 segundos.
“Sem dúvida, hoje escrevemos mais uma bonita página na história da canoagem mundial e do desporto nacional. Até hoje não houve nenhuma equipa ou atleta a ser campeão do mundo em três anos consecutivos e nós fizemo-lo. Na canoagem já outros conseguiram, mas em anos alternados ou a trocar de parceiros. Sem dúvida que é fantástico, e logo depois de o José ter sido prata [em K1] no sábado”, elogiou Fernando Pimenta.
“Não há segredos. É a experiência do José e alguma minha. E, depois, é aliar a perspicácia e o trabalho de longos anos na maratona que ele tem à minha vontade e à potência que consigo imprimir nos muitos sprints que houve desde início. Batemos o melhor tempo em termos de velocidade média. Sabíamos que tínhamos de partir o grupo e fizemo-lo, por duas vezes. Depois foi tentar gerir ao máximo”, completou Fernando Pimenta.
Já José Leonel Ramalho destacou o “trabalho e espírito de grupo” como fatores chaves para o sucesso, não apenas da dupla, mas de toda a seleção nacional, de nove elementos, que terminou os Mundiais com seis medalhas.
“É fruto de bastante trabalho. E excelentes colegas, um espírito de grupo que é a nossa formação de maratonas. Realmente, somos uma equipa, apoiamo-nos uns nos outros. O espírito que se vive, juntos, é extraordinário e isso faz com que a seleção tenha este nível resultados”, defendeu José Leonel Ramalho.
Quanto ao entendimento com Fernando Pimenta, José Leonel Ramalho considera que se trata, “sem dúvida”, de uma “combinação perfeita entre um maratonista e um velocista”.
“Desde a primeira vez que nos sentámos juntos num barco, percebemos que não era preciso muito trabalho para o barco andar bem. São três anos a trabalhar bem e finalizar esta época com mais um título, o ‘tri’, é fantástico. Principalmente para mim, que tenho 42 anos. É já uma equipa de ‘masters’ a conseguir novo ouro mundial absoluto, extraordinário”, brincou, referindo-se igualmente aos 35 anos de Fernando Pimenta.
Para o futuro, José Leonel Ramalho espera um bom desempenho da seleção nos Europeus de 2025, em Ponte de Lima, para, posteriormente, poderem atacar o ‘tetra’ em Gyor, na Hungria, “algo perfeitamente possível com este espírito de grupo e equipa de apoio que temos”.
Esta foi a sexta medalha de Portugal nos mundiais de maratonas, depois do ouro dos juniores Maria Luísa Gomes, em K1, e João Sousa e Francisco Batista, em K2, bem como a prata de José Ramalho em K1 e o bronze de Rui Lacerda, em C1, repetido pelo atleta em C2, em equipa com Ricardo Coelho.