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Festival de artes performativas Circular de Vila do Conde celebra 20 edições com programa alargado

5 Setembro 2024
Festival de artes performativas Circular de Vila do Conde celebra 20 edições com programa alargado
Cultura
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O festival de artes performativas Circular, que se realiza em Vila do Conde, no distrito do Porto, vai, este ano, celebrar as 20 edições do evento com um programa mais extenso e alargado, para chegar a vários públicos.
O evento, dedicado às artes performativas, que se realiza este ano entre 19 e 29 de setembro, em Vila do Conde, pretende fazer uma retrospetiva sobre os últimos 20 anos, mas como ponto de partida para “olhar para o futuro e traçar novos caminhos”.
“Queremos, cada vez mais, chegar a novos públicos e, por isso, temos propostas inusitadas, em diferentes espaços da cidade, com espetáculos de dança, música, performance, exposições e conversas temáticas, num programa, multidisciplinar, com artistas locais, nacionais e internacionais”, explicou hoje a diretora do festival, Dina Magalhães, na apresentação do evento.
A responsável acredita que o festival será “um espaço para encontro, partilha e reflexão”, que pretende “acompanhar a vibrante produção artística contemporânea, com formas de questionar a realidade e alargar perspetivas sobre o mundo”.
“Olhar para 20 edições anteriores é gratificante, até pelo crescimento sustentado, mas não queremos cristalizar ideias. O grande estímulo do nosso trabalho é acompanhar a produção artística, auscultar a cidade, e perceber ao que é premente dar voz”, completou Dina Magalhães.
Nesse sentido, esta 20.ª edição do Circular apresenta um cartaz diversificado, com vários pontos de contacto com a realidade local, nomeadamente no espetáculo de abertura, a 19 de setembro, num percurso performativo de Daniel Moreira e Rita Castro Neves, apelidado “Holofáutico”, que se realiza, ao início da noite, nos Estaleiros Navais de Azurara, freguesia de Vila do Conde.
No dia 21, no Teatro Municipal, espaço central do festival, haverá um espetáculo de dança da artista dinamarquesa Mete Ingvartsen, que desafia a participação do público.
Nesse mesmo dia, destaque ainda para uma atuação de dança, performance e teatro da artista portuguesa Sónia Batista, que apresenta o espetáculo “Sweat Sweat Sweat”, que contará com tradução para língua gestual portuguesa.
Novamente na perspetiva de diversificar os espaços das atuações, acontece, a 26 de setembro, no Mercado Municipal de Vila do Conde, a performance de Ana Rocha e Gio Lourenço “Toda a gente vai”.
Em mais uma manifestação de dança, em estreia nacional, Soa Ratsifandrihana, artista natural de Madagáscar, apresenta, a 28 de setembro, a atuação “Groove”, que explora ritmos e expressões variadas.
Um dia antes, Joclécio Azevedo, artista luso-brasileiro, que tem uma residência artística no Circular, apresenta “Apesar das Evidências’, um espetáculo de performance e dança, que é uma nova versão de uma peça homónima criada em 2003.
O programa, com muitas mais atuações, termina a 29 de setembro, com um espetáculo musical “Time Poetries”, de Carlos Guedes, pelo Drumming GP, que acontece ao ar livre, no Largo Dr. Cunha Reis, junto ao Convento do Carmo, que aborda os ritmos da percussão e eletrónica.
O festival de artes performativas Circular tem para esta edição um orçamento de cerca de 130 mil euros, apoiado pela Câmara Municipal de Vila do Conde e pela Direção-Geral das Artes.
Em algumas das atuações serão cobrados ingressos, no valor de 5 euros, mas a maior parte das atividades terão entrada gratuita.