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Câmara de Vila do Conde investe 12 milhões de euros em obras de requalificação de escolas

16 Setembro 2024
Câmara de Vila do Conde investe 12 milhões de euros em obras de requalificação de escolas
Cultura
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A Câmara Municipal de Vila do Conde, do distrito do Porto, anunciou hoje que no presente ano letivo de 2024/2025 vai fazer um investimento de 12 milhões de euros em obras de requalificação de diversas escolas do concelho.
As intervenções, algumas em andamento, outras em vias de se iniciar, vão, desta vez, incidir nas escolas básicas das freguesias de Aveleda, Touguinhó, Azurara, Modivas, Mindelo e Macieira da Maia, e, também, na Escola do Correios, na cidade de Vila do Conde.
Desse investimento de 12 milhões euros, o Presidente da Câmara, Vítor Costa, prevê que 70% do valor seja abrangido por financiamento de fundos comunitários, nomeadamente do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), reforçando a aposta do município na escola pública.
“Desde o primeiro momento, assumimos que o encerramento de escolas básicas em Vila do Conde não ia acontecer. A solução era investir nas nossas escolas públicas de forma conseguir atrair mais alunos para Vila do Conde e tem sido uma aposta conseguida”, disse Vítor Costa.
O autarca revelou que este ano letivo em Vila do Conde conta com mais seis turmas do ensino básico, antecipando que o município terá, no futuro, de lidar “com um bom ‘problema’ de ampliar as escolas”.
“Com isto estamos também a evitar que as nossas freguesias percam população, pois existe uma boa oferta escolar em todo o concelho. Neste momento, temos 52 estabelecimentos de ensino em Vila do Conde, do básico ao secundário, e não temos planos para encerrar nenhum, mas, sim, fazer investimentos em todas elas”, completou Vítor Costa.
O autarca também revelou que tem havido um reforço do pessoal não docente, com 503 auxiliares da ação educativa, mais 70 que há três anos, e também no aumento das atividades complementares letivas.
“Defendemos uma escola a tempo inteiro, respondendo às necessidades dos pais que trabalham e não podem ir buscar os filhos às 15:30. A ideia é ter atividades para que os alunos possam ficar na escola até ao final da tarde, e os pais os possam ir buscar após o emprego”, completou o Presidente da Câmara de Vila do Conde.
Nesse sentido, Vítor Costa destacou que houve um reforço das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e também um projeto inovador, este ano, com atividades que abordam o empreendedorismo, voluntariado, a inovação social ou a sustentabilidade ambiental.
Ainda no que diz respeito às intervenções no parque escolar do concelho, o Presidente da Câmara de Vila do Conde, mostrou desagrado quanto à burocracia administrativa envolvendo as obras, nomeadamente com os vistos prévios do Tribunal de Contas.
“Temos obras adjudicadas há meses, mas ainda aguardamos os vistos do Tribunal de Contas. Acredito que os governantes do nosso País perceberam que se temos de cumprir prazos do PRR não podemos ter entraves administrativos como o visto prévio do Tribunal de Contas”, desabafou Vítor Costa.
O autarca defendeu “a existência de uma fiscalização”, mas aponta que esta deveria ser “concomitante e não prévia”.
“Creio que Portugal é o único País da União Europeia que exige, para projetos ligados à Educação, um visto prévio do Tribunal de Contas. Não fez sentido nenhum”, acrescentou o Presidente da Câmara de Vila do Conde.
Vítor Costa também revelou hoje que, por intervenção da Câmara, foram feitos ajustes em horários e rotas da rede de transporte metropolitano UNIR, que serve Vila do Conde.
“Embora não sendo da nossa competência [a redes de transportes] tivemos de responder às necessidades da população, e nomeadamente da comunidade escolar, fazendo ajustes essenciais”, concluiu Vítor Costa.