O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou hoje ser possível reorganizar os Serviços de Urgência “sem diminuir a assistência aos portugueses” e “sem criar alarme público”, mas destacou que este é um caminho que requer prudência.
“Fica-me uma enorme satisfação por termos dado passos absolutamente decisivos em duas reformas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que todos reclamavam há décadas”, afirmou o Ministro, referindo-se à integração de cuidados e à reforma dos Serviços de Urgência.
“A reforma dos Serviços de Urgência, que está a dar os primeiros passos, tem de ser feita com muito cuidado e com muita prudência porque não pode pôr em causa, em momento nenhum, nem a segurança, nem a tranquilidade das populações”, referiu.
O Ministro da Saúde, que falava aos jornalistas à margem da inauguração das novas instalações da Urgência Pediátrica da Unidade Local de Saúde São João, no Porto, destacou o projeto piloto que decorre no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim de Vila do Conde (CHPVVC), que, em sete meses, retirou da urgência 24.500 utentes não urgentes.
“É um belo indicador de que é possível e está ao nosso alcance reorganizar as Urgências sem diminuir a assistência aos portugueses, sem criar alarme público e sem diminuir a segurança que as pessoas tem em relação ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, considerou.
Questionado se o projeto-piloto será replicado noutras unidades de saúde e em quais, Manuel Pizarro afirmou que a direção executiva do SNS “está a estudar”, mas que, passará por locais onde a cobertura de cuidados de saúde primários “é já quase total”, sobretudo, nas regiões do Norte Centro do País.
“Este é um caminho que se tem de fazer passo a passo”, advertiu, dizendo, que este modelo não pretende “diminuir a procura das pessoas”, mas reservar as Urgências para os casos que efetivamente precisam desse serviço.
“Se o Serviços de Urgência estiver melhorado, naturalmente que será capaz de responder muito melhor às pessoas que precisam do Serviços de Urgência”, acrescentou Manuel Pizarro.