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Greve dos trabalhadores das Misericórdias fecha creches e jardins de infância e condiciona lares

24 Dezembro 2023
Greve dos trabalhadores das Misericórdias fecha creches e jardins de infância e condiciona lares
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Trabalhadores das Santas Casas da Misericórdia exigem às instituições que cumpram a lei, “paguem o que devem” aos funcionários e lembram que estão há muitos anos sem aumentos salariais.
Creches e jardins de infância encerrados assim como lares a funcionar com serviços mínimos é o resultado da greve, desta quinta-feira, dos trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia, que exigem ser tratados como os restantes trabalhadores do setor social.
Este é o primeiro balanço feito por Catarina Fachadas, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que esteve na manhã de quinta-feira a participar na concentração de trabalhadores em frente à União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em Lisboa.
Catarina Fachadas explicou que a greve começou às 00h00 desta quinta-feira e, um pouco por todo o país, “há creches e jardins de infância encerrados, assim como ERPIS [Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas] a funcionar em serviços mínimos“, sendo que “muitos destes lares já funcionam, durante o ano, com falta de funcionários”.
O protesto desta quinta-feira tem por base o não pagamento por parte das Santas Casas das diuturnidades e da remuneração extra por trabalho em dia feriado, explicou a sindicalista.
Os trabalhadores exigem às instituições que cumpram a lei e “paguem o que devem” aos funcionários, acusou Catarina Fachadas, lembrando que estes funcionários estão há muitos anos sem aumentos salariais além dos obrigatórios aumentos anuais do salário mínimo nacional.
Os trabalhadores acusam as Santas Casas e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) de não cumprirem a portaria publicada há pouco mais de um ano.
O diploma estendeu os direitos dos trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) a todos os trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia, acabando com a discriminação entre os trabalhadores do setor social, que passaram a ter as mesmas condições de trabalho.
“O custo de vida aumenta e o povo não aguenta” ou “Os salários têm de aumentar” foram algumas das frases dos trabalhadores que ainda gritaram que “trabalham noite e dia” no setor social, onde “se ganha tão mal”.