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Empresa Indaqua adianta que cabe à ARS-N identificar foco de Legionella em Matosinhos

17 Novembro 2023
Empresa Indaqua adianta que cabe à ARS-N identificar foco de Legionella em Matosinhos
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A Indaqua, empresa portuguesa de gestão de sistemas de abastecimento de água, adiantou hoje que cabe à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) coordenar e identificar a origem do foco de Legionella em Matosinhos.
“Uma vez que os surtos de Legionella podem ter origens múltiplas, entre as quais torres de arrefecimento, sistemas de ar condicionado e de águas quentes em edifícios, entre outros, competirá à Autoridade de Saúde coordenar e identificar a origem dos focos, com quem a Indaqua, no âmbito da sua atividade, mantém contactos regulares”, explicou a empresa, em comunicado.
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) anunciou hoje a existência de dois utentes infetados com Legionella num Equipamento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em Matosinhos, no distrito do Porto, um dos quais acabou por morrer.
Contudo, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) não revelou qual o lar em questão, nem quando ocorreu a morte, nem a idade e o sexo da vítima mortal. Também não adiantou pormenores sobre o outro utente infetado.
A administração regional avançou, contudo, que a origem do ‘cluster’ em Matosinhos é provavelmente ambiental, tendo já sido implementadas as medidas de controlo.
“Tendo em conta que o período de incubação pode ser de até 14 dias (sendo o mais comum de 5 a 7 dias), as autoridades continuarão a monitorizar o surgimento de eventuais novos casos”, frisou.
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) explicou que desde o início do mês foram identificados dois ‘clusters’ de Doença dos Legionários na região Norte, um em Matosinhos e outro em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.
Até à data, em Caminha foi identificado um surto com sete casos confirmados que se encontra em fase de investigação epidemiológica e de determinação das medidas de saúde pública necessárias para o seu controlo.
Contactada, a diretora técnica do Centro Social de Leça do Balio, lar que registou os dois casos de Legionella, revelou que mais nenhum utente apresenta, para já, sintomas da doença.
“Não apresentam [utentes], até ao momento, sintomas”, afirmou Graciete Pinto.
Os idosos e respetivos familiares estão a par da situação e da importância das medidas adotadas, estando tranquilos, aludiu.
A Doença dos Legionários, uma pneumonia provocada pela bactéria Legionella Pneumophila, caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas como febre, mal-estar geral, dores de cabeça, dores musculares, tosse não produtiva e diarreia.
A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) ou, mais raramente, por aspiração de água contaminada com a bactéria.