O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) acusou esta segunda feira a administração da Cerealis de estar “completamente à deriva”, depois de impor um regime de laboração contínua aos trabalhadores da Trofa que “afinal não precisava”.
“Numa gestão completamente à deriva, a Cerealis impôs aos trabalhadores da unidade da Trofa um regime de laboração contínua de que afinal não precisava”, afirma, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB).
O sindicato, que na semana passada acusou a administração da Cerealis de impor aos 15 trabalhadores da Trofa um regime de laboração contínua por tempo indeterminado, acusa agora a empresa de, “sem ouvir os trabalhadores e contra a sua vontade”, estar a “forçar o gozo de dois dias de férias no próximo fim de semana”.
A decisão “comprova que a imposição do horário é descabida e puramente ideológica”, defende o sindicato.
No comunicado, o SINTAB diz ainda ter analisado a escala de laboração contínua imposta pela empresa e que tal permitiu “escortinar irregularidades várias relativas aos tempos de trabalho/descanso”.
“O SINTAB está já em contacto permanente com a ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho], exigindo a intervenção célere que ponha fim a tamanho descalabro de irregularidades e atropelos”, afirma.
Para o sindicato, as decisões da administração da empresa Cerealis revelam “uma gestão atrapalhada e confusa que apenas denota pressa e excesso de voluntarismo da administração na satisfação plena e única do enquadramento ideológicos dos acionistas”.
Foi tentada uma reação da empresa, mas até ao momento não foi possível.
Em 22 e 24 de novembro do ano passado, os trabalhadores da unidade da Maia da Cerealis cumpriram dois dias de greve, onde reclamavam “aumentos salariais e melhores condições de trabalho”.