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Custo das casas no Grande Porto faz aumentar procura e interesse por Parques de Campismo

29 Setembro 2023
Custo das casas no Grande Porto faz aumentar procura e interesse por Parques de Campismo
Economia
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Alguns parques de campismo do distrito do Porto têm sentido um aumento na procura e interesse, fruto da subida dos custos da habitação, mas por falta de vagas ou impossibilidade legal tal não se traduziu em estadias permanentes.
Situado a 16 quilómetros do Porto, o parque de campismo de Angeiras, em Matosinhos, é habitualmente procurado durante os fins de semanas e férias, mas nos últimos tempos são várias as pessoas que se têm deslocado ao parque para pedir informações.
Fonte do parque, que é gerido pela Orbitur, adiantou que são também vários os que ligam a pedir valores e preços, mas neste momento “ninguém vive no parque”.
A sul, o parque de campismo Marisol, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, sentiu um aumento na procura a partir do mês de junho.
“Tivemos várias pessoas a ligar e perguntar o valor, sobretudo professores e enfermeiros”, afirmou Rafael Carvalho.
A falta de vagas anuais no parque, que tem condições para acomodar tendas, caravanas e autocaravanas, fez com que muitos dos que o procuraram não ficassem.
A procura e o interesse foram também sentidos no parque de campismo dos Salgueiros, localizado a seis quilómetros da cidade do Porto, que durante todo o ano recebe aqueles que se deslocam de autocaravana ou caravana, ou simplesmente pretendem acampar.
“Vão aparecendo algumas pessoas, mas, depois de fazerem contas, constatam que os preços não compensam”, adiantou Vasco Vasconcelos.
Também no parque de campismo Sol de Vila Chã, localizado numa pequena freguesia piscatória localizada entre Vila do Conde e o Porto, foram vários os que procuraram saber se o parque, aberto desde 1990, disponibilizava caravanas, tendas ou se necessitavam do seu próprio equipamento, adiantou João Canito.
Com uma área aproximada de 30 mil metros quadrados e capacidade para 480 utentes, o parque não permite a estadia permanente.
“Sabemos que há parques que o fazem, mas nós não fazemos, a lei não permite”, destacou.
O atual cenário de crise tem-se traduzido em falta de alternativas habitacionais.
Para sábado estão previstas manifestações pelo direito à habitação em diferentes cidades do país, envolvendo cerca de 100 organizações.