AEDAS e EPVC e AFP inovam na formação de Árbitros nas Escolas de Vila do Conde

Desporto

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O Agrupamento de Escolas D. Afonso Sanches (AEDAS) e a Escola Profissional de Vila do Conde (EPVC) vão incluir, nos seus planos curriculares, já este ano letivo de 2023-2024, formação para os árbitros. Esta ideia inovadora da Associação de Futebol do Porto (AFP) ficou formalizada na passada sexta feira, ao final da tarde, com a assinatura do protocolo com os responsáveis dos dois estabelecimentos de ensino de Vila do Conde.
Com esta iniciativa, a Associação de Futebol do Porto (AFP) pretende contrariar a falta de árbitros de futebol, contado, para isso, com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para formar novos árbitros nas duas escolas.
“A Associação de Futebol do Porto organiza mais de 1.200 jogos por semana, e tendo mil árbitros, não tem árbitros para todos os seus jogos, pelo que temos de lançar mãos à obra para angariar e, mais difícil, reter esses árbitros. Para isso nada melhor que as Escolas Profissionais. Com este protocolo com as Escolas Profissionais, vamos poder incluir o curso de arbitragem na cadeira de desporto. Os alunos que saírem da Escola Profissional trazem o curso de arbitragem e, à partida, terão emprego garantido, dada a carência que existe neste momento, a nível nacional”, explicou José Neves.
Na cerimónia, que decorreu no auditório da Associação de Futebol do Porto (AFP), marcaram presença os intervenientes nesta iniciativa. José Neves, presidente da Associação de Futebol do Porto (AFP), recebeu Paulo Costa, vice-presidente do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Carlos Carvalho, presidente do conselho de arbitragem da Associação de Futebol do Porto (AFP), Francisco Pimenta, diretor da Escola D. Afonso Sanches, de Vila do Conde, Ricardo Santos, presidente da Escola Profissional Vila do Conde (EPVC), João Gonçalves, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE), para além de várias outras personalidades, como Helena Pires, diretora executiva da Liga Portugal.
“Não há futuro sem perspetiva de sucesso e os jovens que entram no Curso de Desporto têm agora uma perspetiva de sucesso, que vai permitir formação em contexto de arbitragem com árbitros de futebol. Este é um passo determinante e temos de agradecer a aposta de José Neves na nossa Escola. Estamos muito envolvidos e motivados e dar este tipo de capacitações é uma oportunidade para suprir a falta de árbitros”, declarou Ricardo Santos.
Neste projeto, João Gonçalves, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE), destacou o papel de “Luís Lobo, que nos ajudou a criar esta oportunidade”.
Paulo Costa, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (CA-FPF), congratulou-se com esta ideia inovadora. “Estamos a trabalhar a favor do futebol e da arbitragem, mas também em termos sociais, na formação, conhecimento e para uma via de saída profissional, com a nuance que muitas vezes faz a diferença, porque podem praticar desporto e usufruir de algum rendimento, o que é importante”, afirmou.
Por último, Francisco Pimenta, diretor da Escola Secundária D. Afonso Sanches, em Vila do Conde, insistiu numa nova via profissional, “que pode ser um verdadeiro virar de página”.
Para Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, “a arbitragem pode vir a ganhar muito com este protocolo e os alunos com a partilha de valores”.