Última hora

Papa pede aos jovens na Jornada Mundial da Juventude para serem “surfistas do amor”

6 Agosto 2023
Papa pede aos jovens na Jornada Mundial da Juventude para serem “surfistas do amor”
Política
0

O Papa Francisco comparou hoje a onda de jovens em Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com as ondas gigantes na Nazaré, pedindo-lhes para serem “surfistas do amor”.
“Como sabem muitos de vós, e soube também eu, existe a norte de Lisboa uma localidade – Nazaré – onde se podem admirar ondas que chegam aos 30 metros de altura, tornando-se uma atração mundial, especialmente para os surfistas que as cavalgam”, afirmou o Papa Francisco, no encontro com os voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, Lisboa.
O Papa Francisco já tinha mencionado as ondas da Nazaré, nas Vésperas (oração ao entardecer) com Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Consagrados e Consagradas, Seminaristas e Agentes Pastorais, na quarta feira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Dirigindo-se hoje aos voluntários, reconheceu que eles enfrentaram “uma onda enorme, não de água, mas de jovens que afluíram” a Lisboa.
“Mas, com a ajuda de Deus, com tanta generosidade e apoiando-vos mutuamente, conseguistes cavalgar esta onda grande. Esta levou-vos ainda mais alto”, considerou.
Segundo o Papa Francisco, devido “à coragem” com que os voluntários se lançaram, viram coisas “que não se podem imaginar da terra firme da inação”.
Aos voluntários, pediu para que continuem “a cavalgar as ondas da caridade” e para serem “surfistas do amor”.
“Seja o serviço da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a primeira de tantas ondas boas, cada vez sereis levados mais alto, mais perto de Deus, e isto permitir-vos-á ver duma perspetiva melhor o vosso Caminho”, acrescentou.
O Papa Francisco agradeceu o trabalho dos voluntários que tornaram possível a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que hoje terminou em Lisboa.
“Lutastes durante vários meses, de forma escondida, sem barulho e sem protagonismos, para que todos pudéssemos encontrar-nos aqui”, afirmou, no Passeio Marítimo de Algés, concelho de Oeiras (Lisboa), depois de ouvir testemunhos de três voluntários.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) contou com cerca de 25 mil voluntários provenientes de 150 países, sobretudo de Portugal, Espanha, França, Brasil e Colômbia. Dois terços são mulheres e a média de idades é 28 anos.
Destacando o trabalho de grupo, salientou que “mais do que trabalho”, os voluntários prestaram “um serviço”.
“Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve e apressa o passo para alcançar os outros. E vós, quanto correstes nestes meses e nestes dias! Vi-vos dar resposta a inúmeras necessidades, às vezes, com o rosto marcado pelo cansaço, outras vezes um pouco acabrunhados com as urgências do momento, mas sempre com o sorriso e de olhos luminosos, luminosos pela alegria do serviço”, afirmou o Papa Francisco, dizendo: “obrigado”.
Realçando que os voluntários correram muito, o Papa Francisco salientou que não foi uma “corrida frenética e sem rumo que às vezes caracteriza” o mundo, mas uma corrida “para servir e não para ser servidos”.
Considerado o maior evento da Igreja Católica, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começou na terça feira e terminou hoje, em Lisboa.
O encontro com voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi o último ponto da agenda do Papa Francisco antes da despedida, no Aeródromo de Trânsito n.º 1, em Figo Maduro, Lisboa.
A Coreia do Sul vai ser o país anfitrião da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em 2027, Seul vai receber aquele que é considerado o maior encontro mundial da Igreja Católica.