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Jornada inaugural da I Liga totalizou 130 minutos de compensação à média de 14,4 minutos extra

16 Agosto 2023
Jornada inaugural da I Liga totalizou 130 minutos de compensação à média de 14,4 minutos extra
Desporto
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As nove partidas da jornada inaugural da edição 2023/24 da I Liga Portuguesa de Futebol totalizaram 130 minutos de compensação, numa média de 14,4 por encontro, face à pretensão do International Football Association Board (IFAB) em elevar o tempo útil de jogo.
De acordo com a informação apresentada no sítio oficial da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) na Internet, a vitória do Rio Ave na receção ao Desportivo de Chaves (2-0), no domingo, estabeleceu o recorde de ‘descontos’ da ronda, ao durar 109 minutos.
O árbitro Ricardo Baixinho, da associação de Lisboa, concedeu 19 minutos extra aos 90 regulamentares – sete na primeira parte, na qual o flaviense Habib Sylla foi expulso com duplo cartão amarelo seguido, e 12 na segunda, quando os vilacondenses fizeram dois golos, o segundo dos quais validado depois de recurso ao videoárbitro (VAR), aos 90+7.
O pódio de durabilidade desta jornada ficou preenchido pelos êxitos caseiros alcançados por Arouca e Boavista frente ao Estoril Praia (4-3) e ao campeão nacional Benfica (3-2), respetivamente, ambos com 18 minutos de compensação, numa duração global de 108.
Esses dois embates conheceram reviravoltas na reta final, desde logo no domingo, com Pedro Santos a marcar aos 90+5 minutos para conferir três pontos sofridos à equipa da Serra da Freita, que já tinha ‘anulado’ três vantagens ‘canarinhas’ e jogava reduzida a 10 unidades desde os 37 minutos, face à expulsão com vermelho direto de Eboué Kouassi.
No dia seguinte, um tento de Róbert Bozeník aos 90+13 permitiu que o clube do Bessa ‘estragasse’ o início da defesa do título ‘encarnado’, na sequência da grande penalidade convertida aos 90 por Bruno Lourenço, que fez o 2-2, mas viria a ser expulso, aos 90+9.
Se em Arouca foi fixado o recorde de ‘descontos’ nas primeiras partes da primeira ronda, com oito minutos – de um total de 38, à média de 4,2 -, o Bessa teve a maior marca das metades complementares, com 16 – perante um acumulado de 92, numa média de 10,2.
Essa abordagem, cujos exemplos mais discretos foram os jogos Gil Vicente-Portimonense (5-0) e Moreirense-FC Porto (1-2), ambos concluídos ao fim de 100 minutos (10 além dos 90 regimentais), serve para distanciar a I Liga do padrão de edições anteriores da prova.
Por norma, os árbitros costumavam acrescentar um a dois minutos no desfecho da etapa inicial, mais três a cinco no fim do jogo, cenário que já tinha sido inflacionado a partir da inclusão do VAR, em 2017/18, e da subida de três para cinco substituições, em 2019/20.
A atualização anual das Leis do Jogo feita pelo International Football Association Board (IFAB), organismo regulador das regras do futebol, entrou em vigor em julho e estipula que o tempo gasto nas celebrações dos golos deve ser compensado no final de cada parte, tal como já acontecia em relação a cartões, alterações, consultas ao VAR e paragens para assistência médica ou de outra natureza.
O alargamento do tempo adicional atribuído pelas equipas de arbitragem começou a ser padronizado no Mundial2022 de seleções e repercutiu-se em diversas provas de clubes, contribuindo para provocar incerteza no resultado, tal como atestou a abertura da I Liga.
Se Gil Vicente e Rio Ave ampliaram as suas vantagens com golos posteriores ao minuto 90, sem implicar mudanças no desfecho das respetivas partidas, Famalicão, que venceu em Braga com reviravolta (2-1), Sporting, com um triunfo tangencial sobre o Vizela (3-2), Arouca e Boavista precisaram desse momento para selarem a conquista de três pontos.