Governo avança com expropriações para nova ponte sobre o rio Ave e ligação à EN14

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O Governo declarou a utilidade pública, com caráter de urgência, das expropriações para a ligação do interface rodoferroviário da Trofa à Estrada Nacional 14 (EN14), incluindo uma nova ponte sobre o rio Ave.
Segundo o despacho, datado de 25 de julho e assinado pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, foi declarada “a utilidade pública, com caráter de urgência, das expropriações dos bens imóveis e direitos a eles inerentes, necessários à execução da obra da ‘Interface Rodoferroviário/EN 14 (Santana), incluindo nova ponte sobre o rio Ave’”.
O despacho do Governo louva “a urgência da expropriação das parcelas de terreno (…) atendendo ao interesse público subjacente à célere e eficaz execução da obra projetada”.
Os encargos com expropriações estão estimados em 1,9 milhões de euros “e são suportados pela Infraestruturas de Portugal, S. A., para os quais dispõe de cobertura financeira”.
Em causa estão 2,4 quilómetros de uma nova rede viária com respetivas ligações à malha existente, incluindo quatro rotundas, e a construção de uma ponte nova sobre o rio Ave, com 160 metros de extensão.
O projeto visa ainda “melhorar as acessibilidades ao Hospital da Trofa e à Estação de Caminho de Ferro, diminuir os tempos de percurso para o tráfego com destino ao tecido industrial e comercial existente implantado nas margens do rio e reabilitar as margens do rio Ave”, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).
Em 29 de maio, os presidentes das câmaras de Vila Nova de Famalicão, Maia e Trofa congratularam-se pelo lançamento do concurso público para o arranque da quarta fase da empreitada da variante à Estrada Nacional 14 (EN14), que inclui a nova ponte.
Em comunicado conjunto, os presidentes das autarquias, Mário Passos, António Silva Tiago e Sérgio Humberto, sublinham que se trata de uma intervenção “há muito reclamada junto do poder central pelas populações dos três concelhos, sobretudo por parte do seu tecido empresarial”.
Um tecido empresarial, acrescentam, que “constitui um dos principais eixos produtores, empregadores e exportadores do país e que tem visto a sua atividade ser fortemente prejudicada devido aos constrangimentos de tráfego da EN14”.
O concurso público lançado pela Infraestruturas de Portugal, S. A., foi publicado em Diário da República no dia 5 de maio, com um valor base da obra de 17 milhões de euros e prazo de execução de 600 dias.