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Misericórdia de Vila do Conde vende Palácio Hotel e novo projeto prevê a construção de habitação

1 Julho 2023
Misericórdia de Vila do Conde vende Palácio Hotel e novo projeto prevê a construção de habitação
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A Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde vendeu o antigo Palácio Hotel. O edifício, que estava fechado há cerca de 50 anos, foi comprado e o novo projeto prevê a construção de habitação numa das zonas mais movimentadas da cidade.
A Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde queria readaptar o edifício centenário num hotel geriátrico, mas a aprovação levou tanto tempo que “inviabilizou” o projeto, garantiu o provedor, Rui Maia.
“O projeto demorou demasiado [tempo] a ser viabilizado nas várias instâncias, porque ninguém sabia muito bem o que é que queria que fosse ali feito. Estes seis anos foram o suficiente para deixarmos de ter um apoio a fundo perdido de 75% e passou para 0%”, explicou o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde.
Com o edifício a cair aos bocados, a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde decidiu agora vendê-lo, estando o negócio “já está fechado”.
O projeto do novo proprietário prevê a construção de habitação, uma vez que, com dois hotéis em processo de edificação em Vila do Conde – no Convento de Santa Clara e junto a uma superfície comercial na zona norte da cidade -, a criação de mais um hotel parece extemporânea.
O Palácio Hotel de Vila do Conde foi inaugurado no verão de 1892, com o nome de Grande Hotel, para receber os veraneantes que procuravam as praias vilacondenses e fechou no final dos anos 60. Depois, foi abrindo esporadicamente para receber “retornados”, no pós-25 de abril, e, ainda, nos anos 70 e 80, alguns artesãos da Feira Nacional de Artesanato.
O Palácio Hotel, localizado no centro de Vila do Conde, chegou a ter um projeto de Siza Vieira, desenhado em 2001, que nunca saiu do papel, para ser demolido e dar lugar a um empreendimento imobiliário que contemplava uma nova unidade hoteleira com 55 quartos, 18 apartamentos, uma sala interior para a realização de conferências ou seminários e uma fila de seis lojas comerciais no rés-do-chão, viradas para a Avenida de Baltasar do Couto.