O médio português Guga, que alinha no Rio Ave, na I Liga de futebol, confessou que veria “com bons olhos” uma transferência para um dos três ‘grandes’ clubes do campeonato nacional, estando pronto para abraçar “voos maiores”.
“Estando num patamar Rio Ave, e depois do nível em que estive esta época, se surgir a oportunidade de jogar num ‘grande’, já neste mercado, iria encarar com muito bons olhos. Tive um rendimento desportivo e pessoal que me pode levar a voos maiores, era algo que gostava que acontecesse”, disse o jogador.
O centrocampista, de 25 anos de idade, que na época que agora terminou participou em 36 jogos e apontou dois golos, tem contrato com o emblema vilacondense até 2024, e pretende que o Rio Ave também seja compensado numa eventual transferência.
“É um clube que [me] abriu as portas e é legítimo haver vontade de terem rendimento financeiro. No futebol, os clubes vivem de vendas e, além de ter ajudado dentro de campo, seria melhor ainda contribuir para a sustentabilidade económica do Rio Ave”, partilhou.
Além da ambição de jogar num emblema de maior dimensão a nível nacional, Guga também não descarta uma saída para o estrangeiro, apontando alguns campeonatos que lhe são atrativos.
“Há ligas no estrangeiro com muita visibilidade e com bom futebol, muito positivo, como a espanhola, a inglesa ou a francesa. São campeonatos que sempre admirei e que também me via a jogar lá”, afirmou.
O médio reforçou, ainda assim, que o Rio Ave terá sempre “a primeira e última palavra a dizer” sobre uma eventual transferência, tendo partido de férias sem preocupações em relação ao seu futuro.
“Tenho contrato com o Rio Ave, e sinto o carinho dos adeptos e do clube. Como todos os jogadores também ambiciono coisas maiores. Mas ainda não me consigo despedir, porque não sei o dia de amanhã”, vincou.
Guga, que fez quase toda a sua formação no Benfica, chegou a Vila do Conde a meio da temporada 2020/21, vindo do Famalicão, e apesar de ter visto a equipa, nessa época, descer à II Liga, continuou no Estádio dos Arcos, ajudando o clube a regressar à I Liga, logo na temporada seguinte.
“Sinto que consegui deixar uma marca no Rio Ave. Ajudei e fui ajudado, num espaço e num grupo que me permitiu atingir um nível que não pensava que seria possível tão cedo. Vim para um contexto de estabilidade que me deu confiança para ambicionar um outro patamar”, analisou.
O médio confessa que deve ao Rio Ave a sua “afirmação no futebol português”, e apesar de insistir que “não se trata já de uma despedida”, garantiu que no futuro “haverá um reencontro para continuar uma história bonita”.