O Presidente da República declarou-se hoje “esperançado de que a banca esteja acordada para o problema” dos créditos à habitação, e “o Banco de Portugal também”, considerando que nesta matéria cabe ao Governo atuar “numa escala mais pequena”.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, congratulou-se com as palavras presidente executivo do BCP, Miguel Maia, em resposta ao seu apelo a “uma reflexão sobre os prazos, as taxas e as prestações” dos créditos à habitação.
“Ouvir um responsável cimeiro de um banco dizer que percebeu as minhas palavras e está preocupado eu considerei um bom sinal, porque esse é o problema, esse e a inflação, que podem ou dificultar ou atrasar a chegada dos tais números macro muito bons ao bolso dos portugueses”, declarou o Presidente da República.
Interrogado se o Governo deveria adotar mais medidas para ajudar quem tem créditos à habitação, o Chefe de Estado respondeu: “eu acho que isso em primeira mão está dependente da decisão da banca e do acompanhamento pelo Banco de Portugal”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “é evidente que o Governo com as bonificações tenta em relação a um número limitado de casos facilitados facilitar – mas o número de empréstimos é um milhão e cem mil, o que quer dizer, multiplicado pelo número de pessoas que integram o agregado familiar, atinge três milhões de pessoas”.
“Portanto, eu diria que estou esperançado que a banca esteja acordada para o problema, o Banco de Portugal também. E que depois as medidas que o Governo vai tomando a nível de Orçamento do Estado também contribuam, mas numa escala mais pequena – é mais pequena, para aqueles que estão mesmo muito carenciados, não atinge todos os que têm empréstimos para a habitação”, concluiu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.