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Médico suspeito de crimes de violação em hospital do Norte detido pela Polícia Judiciária

12 Maio 2023
Médico suspeito de crimes de violação em hospital do Norte detido pela Polícia Judiciária
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve um médico, de 60 anos de idade, suspeito da prática de crimes de violação e coação sexual, ocorridos desde 2022, em contexto de consulta médica em estabelecimento de saúde público na Região Norte de Portugal.
Em comunicado enviado, a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) esclarece que “o arguido, médico de profissão, no âmbito das suas funções de consulta em ambulatório em estabelecimento hospitalar público, com o pretexto de melhor efetuar o diagnóstico médico, terá sujeitado as vítimas à prática de atos sexuais abusivos”.
Segundo a Polícia Judiciária (PJ), “as vítimas, embora constrangidas, submetiam-se às referidas práticas, dada a situação de dependência em que se encontravam, bem como pela ignorância face aos alegados atos médicos em curso”.
O detido, sem antecedentes criminais, já foi presente a primeiro interrogatório judicial e foram-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão de funções em qualquer estabelecimento de saúde público ou privado e proibição de contactos com as vítimas e testemunhas do inquérito.
Numa nota publicada na sua página oficial, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto explica que, após a detenção, o médico foi presente na quarta feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial da comarca de Porto Este, que “considerou fortemente indiciada a prática de dois crimes de violação e de dois crimes de coação sexual”.
É indicado ainda que o Tribunal decidiu, como medidas de coação, suspender o médico do exercício das suas funções ligadas à medicina em qualquer instituição/serviço público ou privado, e proibi-lo de contactar as ofendidas e as testemunhas “por qualquer forma ou por interposta pessoa”.
O Tribunal aplicou estas medidas por considerar “verificados os perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação do decurso do inquérito e, nomeadamente, perigo para a aquisição e conservação ou veracidade da prova e de perturbação grave da ordem e tranquilidade públicas”.
O médico em causa agora suspenso é ortopedista no Hospital Padre Américo, em Penafiel.