Num centro de equitação, em Vila do Conde, um professor da modalidade terá mantido comportamentos de abuso sexual com pelo menos três alunas menores de idade.
O instrutor, de 61 anos de idade, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, mas libertado pelo Tribunal, que o proibiu de manter atividades envolvendo menores.
O homem, sem qualquer tipo de antecedentes criminais, era professor de equitação há anos, quando, no ano de 2016, terá começado a ter atitudes impróprias com alunas menores, com idades compreendidas entre os 9 e os 15 anos.
Segundo a acusação, eram conversas e toques de cariz sexual praticados sempre durante as aulas, aquando as vítimas estavam a sós com o instrutor.
Apesar de se sentirem incomodadas com os comportamentos perpetrados pelo orientador, as primeiras vítimas nunca denunciaram a situação por vergonha, mas também por acreditarem que ninguém iria crer nas denúncias.
“O arguido aproveitava o contacto que tinha com jovens no exercício da sua atividade profissional, para ganhar a confiança com as vítimas, vindo a ter comportamentos de abuso sexual com as mesmas”, detalha a Polícia Judiciária (PJ).
Em 2022, uma das alunas que terá ficado chocada com os toques e conversas de cariz sexual do instrutor queixou-se aos pais, que retiraram a criança do centro de hipismo.
Quando a comunidade local ligada à equitação soube do caso desta aluna, outras duas quebraram o silêncio e também o denunciaram.
O caso foi recentemente reportado à Polícia Judiciária (PJ) do Porto que reuniu prova para deter o suspeito.
“De imediato foram desenvolvidas diligências de investigação que permitiram recolher indícios seguros da prática dos referidos crimes e respetiva autoria, tendo sido identificadas várias vítimas com idades, à data dos factos, entre os 9 e os 15 anos”, adianta ainda a Polícia Judiciária (PJ).
Além da proibição de exercer a sua atividade profissional, sempre que envolva menores do sexo feminino, o professor de equitação também não poderá contactar com as três vítimas já identificadas.
A Polícia Judiciária vai continuar a investigar para saber se houve mais vítimas.