O presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, acusou esta segunda feira o Governo de Portugal de “manipulação da opinião pública” ao fazer pré-anúncios de medidas de apoio às famílias portuguesas que são “muito mais cosméticas do que estruturais”.
“Em relação àquilo que foi pré-anunciado [sobre as medidas de apoio às famílias portuguesas], chamo a particular atenção para duas coisas que podem ser particularmente manipuladoras da opinião pública”, que são a “alteração das tabelas de retenção na fonte do IRS” e a antecipação em três meses do já previsível aumento das pensões, disse João Cotrim Figueiredo.
À margem de uma visita que fez à Nelo, empresa de caiaques e canoas de alto desempenho, localizada em Vila do Conde, o líder do Iniciativa Liberal (IL) considerou que as medidas são muito mais “cosméticas” do que “estruturais”.
“O que o Governo está a dizer é que se prepara para alterar as tabelas de retenção na fonte do IRS em 2022, fazendo com que os recibos de vencimento produzam um montante maior nos meses que faltam em 2022, mas quando chegar a altura do reembolso do IRS no ano de 2023, os portugueses vão receber reembolsos inferiores”, criticou.
Sobre as pensões, João Cotrim de Figueiredo referiu que os pensionistas iriam ter o seu aumento, de qualquer maneira, em janeiro, concluindo que algumas medidas que o Governo irá tomar são “muito mais cosméticas do que estruturais”.
“Isso terá que ser comentando, mas isso perante o anúncio concreto que vamos ter conhecimento em ‘prime time’ nos telejornais da noite”, previu.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) alegou que muitas medidas anunciadas anteriormente pelo Governo acabaram por não ter impacto.
“Vamos aguardar para perceber o que é que vai ser apresentado e, daquilo que vai ser apresentado, aquilo que efetivamente vê a luz do dia e tem impacto, porque há muitas medidas anunciadas anteriormente pelo Governo socialista que acabam por não ter impacto”, disse.
Em relação às medidas de apoio às famílias que foram noticiadas, João Cotrim de Figueiredo destacou, em particular, “a alteração das tabelas de retenção na fonte do IRS” e a antecipação em três meses, insistindo que se trata de uma “manipulação de opinião pública”.
A Nelo, empresa que emprega cerca de 200 trabalhadores, registou em 2021 um volume de negócios na “ordem dos 10 milhões de euros” e para este ano, o volume de negócios estimado é idêntico”, adiantou Manuel Ramos, presidente da empresa Nelo.