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Vila do Conde ainda não concretizou promessa de baixar tarifário da água mais cara do país

5 Agosto 2022
Vila do Conde ainda não concretizou promessa de baixar tarifário da água mais cara do país
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No início do ano, quatro municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) estavam no topo da lista dos que tinham a água mais cara do país. Trofa e Santo Tirso, que lideravam a lista, negociaram e conseguiram uma redução. No entanto, Gondomar e Vila do Conde ainda não concretizaram a promessa de baixar o tarifário da água mais cara do país.
No caso de Vila do Conde, o município assegurou que a fatura vai descer 12 euros por mês para os 33 mil consumidores que gastam até 10m3 (90% do total). Em vez de 34,10 euros mensais, passarão a pagar 22,18.
Para poder aplicar a redução do preço da água para maioria dos consumidores, a Câmara Municipal de Vila do Conde teve de fazer cedências nas negociações com a concessionária do serviço e, além do prolongamento do contrato por mais uma década, até 2058, a autarquia abdica de receber rendas da Indaqua no valor de 20 mil euros por mês, e passa a pagar a água que utiliza na rega dos espaços verdes da cidade, num valor calculado em 10 mil euros mensais, o que totaliza um encargo total de 360 mil euros anuais para a autarquia vilacondense.
Para os pequenos consumidores da indústria e do comércio, que gastem até 10m3, e que no concelho de Vila do Conde são cerca de 5.000, não haverá redução nem aumento no preço da fatura, o mesmo se aplicando às IPSS, escolas, estabelecimentos de ensino superior, ordens religiosas e associações desportiva e culturais.
Já os grandes consumidores da indústria e do comércio de Vila do Conde sentirão um aumento de 4% na conta mensal.
O acordo entre a Câmara Municipal de Vila do Conde e a Indaqua chegou no segundo semestre e a autarquia vilacondense espera, agora, pelo parecer da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).
Os tarifários agora negociados só poderão, nos próximos anos, ser atualizados em função da inflação, uma vez que qualquer revisão implica um acordo entre a autarquia vilacondense e empresa concessionária Indaqua.