O secretário de Estado Adjunto e da Saúde considerou que deve prevalecer “um nível de responsabilização individual no uso de máscaras”, apesar do fim da obrigatoriedade da utilização, numa medida que apontou ser “uma boa decisão”.
“Deixa de ser obrigatório e passa a ser recomendado, nas continua a haver um nível de responsabilização individual do uso de máscara, ao qual o nosso povo tem dado grandes lições, quer a nível coletivo quer a nível individual”, disse António Lacerda Sales.
O governante, que participou em ações da iniciativa digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nos concelhos Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, lembrou que o fim da obrigatoriedade da máscara foi assente em análise de dados atuais sobre a Covid-19 e em pareceres técnicos, refutando a ideia de que medida tenha sido prematura.
“Era importante fazer uma avaliação do período pós-Páscoa para fazermos uma avaliação dos indicadores em termos de incidência, mortalidade e impacto nos serviços de Saúde. Passados mais de sete dias verificámos que esses indicadores se têm mantido numa zona estável”, disse António Lacerda Sales.
Nesse sentido, e apesar das críticas da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), que lamentou que o Governo se tenha desviado do plano inicial de alívio das medidas “devido à contestação” à obrigatoriedade do uso de máscaras, o secretário de Estado apontou que o Conselho de Ministros “tomou uma boa decisão”
“Continua a haver uma obrigação do uso [de máscaras] em tudo o que esteja ligado com faixas vulneráveis em termos etários e de saúde, nomeadamente em lares, intuições de saúde e transportes públicos”, lembrou António Lacerda Sales.
No outro âmbito, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde confirmou que Portugal irá receber, este fim de semana, através do mecanismo europeu de proteção civil, seis crianças ucranianas que precisam de assistência médica.
“Chegam este fim de semana a Portugal num voo comercial. São seis crianças, com situações oncológicas, nomeadamente com leucemia, e mais 10 acompanhantes, e três médicos do INEM. Internamente está tudo tratado para as receber”, garantiu António Lacerda Sales.