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Homem de 56 anos apanhado a capturar ilegalmente aves com rede em Vila do Conde

15 Novembro 2021
Homem de 56 anos apanhado a capturar ilegalmente aves com rede em Vila do Conde
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Um homem de 56 anos foi apanhado na passada segunda feira, em flagrante, a capturar ilegalmente aves, em Vila do Conde. Foi detido pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e os factos seguirão para o Tribunal Judicial daquele concelho.
Na sequência de uma ação de fiscalização junto à orla marítima, os militares encontraram o homem a capturar aves, “com recurso a uma rede acionada manualmente, a um chamariz e a um autorrádio que emitia sons semelhantes à espécie de pintassilgos, Carduelis carduelis”, explicou a Guarda Nacional Republicana (GNR), em comunicado.
A força de segurança apreendeu uma rede, um autorrádio e uma gaiola, e também resgatou três pintassilgos, que “foram entregues no Parque Biológico de Vila Nova de Gaia, para observação e posterior libertação ao seu habitat natural”, detalhou o documento.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deixa um alerta a “quem capturar espécies não cinegéticas, com recurso à utilização de meios e processos não autorizados, incorre num crime contra a preservação da fauna e das espécies cinegética e é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 100 dias”.
A Assembleia da República debateu uma petição e dois projetos de lei que proíbem o fabrico, posse e venda de armadilhas para aves e salvar dezenas de milhares por ano.
À petição #ArmadilhasNÃO, lançada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e com mais de 4.000 assinaturas, juntaram-se dois projectos de lei, do PAN e do grupo parlamentar Os Verdes, e ainda duas recomendações, do BE e do PSD, ao Governo também no sentido de serem tomadas medidas para proteger as aves silvestres não cinegéticas. Os partidos lembram que a captura, abate ou detenção dessas aves são práticas ilegais em Portugal, embora não sejam proibidos os meios para essas capturas, detenções ou abates.
Por esse motivo a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), na petição, pede aos deputados que tornem a proteção das aves mais eficaz, evitando assim a morte de 40 mil a 180 mil aves por ano.