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Tubagens de pavilhão de escola de Matosinhos fechado devido a Legionella vão ser mudadas

26 Abril 2021
Tubagens de pavilhão de escola de Matosinhos fechado devido a Legionella vão ser mudadas
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As canalizações do pavilhão desportivo da Escola Secundária Abel Salazar, em Matosinhos, fechado devido à presença de uma estirpe de Legionella, vão ser retiradas e substituídas daqui a duas semanas, avançou a câmara matosinhense.
Segundo a autarquia, depois de terem sido encontrados indicadores microbiológicos da presença de uma estirpe de Legionella nas tubagens do pavilhão, as mesmas foram desinfetadas através de tratamento químico e térmico.
Posteriormente, foram recolhidas novas amostras que ainda evidenciaram indícios da presença da bactéria, pelo que o pavilhão se mantém encerrado.
Apesar de terem sido feitas novas análises, a Câmara Municipal de Matosinhos decidiu, contudo, substituir todas as canalizações, obra que só poderá ocorrer quando não houver indícios da presença desta estirpe de Legionella.
A câmara matosinhense alertou que a estirpe detetada “não constitui qualquer perigo para a saúde”.
Além disso, a autarquia frisou que a conduta de água que faz o abastecimento do pavilhão é exclusiva, não servindo o restante edifício escolar, daí a escola estar a funcionar.
Antes do regresso das aulas presenciais, a autarquia realizou análises à presença de Legionella em todas as escolas e equipamentos escolares do concelho que estiveram encerrados, desde janeiro até ao início de abril, no âmbito das medidas de contenção da pandemia de Covid-19.
“Uma medida precaucionária que pretendia proteger a comunidade escolar da eventual presença deste tipo de bactérias, uma vez que o facto de as escolas terem estado encerradas constituía um fator de risco acrescido para o aparecimento desta bactéria nas canalizações”, explicou.
Perante a sua presença no pavilhão desportivo, o mesmo não reabriu com o regresso às aulas presenciais.
Em outubro de 2020, um surto de Legionella afetou os concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, tratando-se de uma estirpe diferente daquela encontrada agora no pavilhão desportivo da escola matosinhense.
A 13 de janeiro, em audição parlamentar, a Administração Regional de Saúde de Norte (ARS-N) deu por extinto esse surto de Legionnella que atingiu a região do Grande Porto no último trimestre de 2020, atualizando em 88 casos e 15 mortes o balanço final da ocorrência.
A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.