Cerca de 20 trabalhadores das cantinas e bares do Instituto Politécnico do Porto (IPP) reivindicaram esta segunda feira a reintegração nos locais de trabalho, o pagamento de salários em atraso e a regularização das condições laborais.
O grupo reuniu-se à porta da Escola Superior de Média, Artes e Design (ESMAD), no pólo de Vila do Conde do Instituto Politécnico do Porto (IPP), dando conta de uma situação de precariedade que estão a atravessar desde janeiro deste ano.
Os trabalhadores pertenciam a uma empresa [Statusvoga, Lda.], que venceu o concurso de concessão das cantinas e bares dos diferentes estabelecimentos do IPP, mas que, entretanto, rescindiu o contrato e transferiu os funcionários para a alçada do IPP.
“Desde janeiro que não recebem os salários, e que segundo a empresa serão pagos quando a Segurança Social libertar as verbas do ‘lay-off’. Mas desde abril passam a ser da responsabilidade do IPP, que diz que só vai abrir novo concurso em setembro, quando as cantinas e os bares reabrirem”, explicou Nuno Coelho, dirigente sindical.
O responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte considera que a situação “é inaceitável” e garante que estes trabalhadores “não podem ficar esquecidos”.
“Defendemos que o IPP deve reabrir as cantinas e reintegrar esses trabalhadores e assegurar-lhes o emprego até setembro, e depois entregar a concessão a quem ganhar o concurso”, revelou Nuno Coelho.
O sindicalista disse ter indicação, por parte da empresa que cessou a concessão, que, em breve, os três meses de salários em falta vão ser liquidados, através de fundos da Segurança Social, mas vincou que “o futuro é o que mais preocupa”.
O sindicato e os trabalhadores aproveitaram a visita ao local, nessa tarde, do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para expor a situação, algo que o governante disse “não ter conhecimento”.
“É um caso específico que, certamente, o presidente do Instituto Politécnico do Porto tem sobre o controlo e o vai resolver”, disse Manuel Heitor.
Já João Rocha, responsável do IPP, disse que se trata de “uma questão legal que será resolvida da forma possível”.