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Grupo artístico de Vila Nova de Famalicão estreia este mês ciclo de espetáculos sobre Democracia

16 Abril 2021
Grupo artístico de Vila Nova de Famalicão estreia este mês ciclo de espetáculos sobre Democracia
Cultura
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A estrutura de criação Momento – Artistas Independentes, de Vila Nova de Famalicão, estreia neste mês o primeiro espetáculo de uma trilogia sobre “Democracia, os Filhos dos anos 90 e a Tecnologia”, que vão passar por palcos de todo o país.
Criado em 2017, este grupo artístico, que trabalha principalmente no Porto, começou em 2019 a “reformular-se enquanto estrutura” e desenhou este ciclo de três espetáculos, o primeiro dos quais chegou a estrear-se, em fevereiro de 2020, na Casa das Artes de Famalicão, onde esteve em cena três dias, com uma “adesão muito grande”, contou Diogo Freitas, diretor artístico.
“Íamos a seguir para Ílhavo, mas, entretanto, veio a pandemia e tivemos de parar tudo”.
É precisamente esse espetáculo, intitulado “Democracy has been detected”, que vai ser retomado, no dia 21 de abril, no Teatro Municipal de Bragança, seguindo depois, a 6 e 7 de maio, para o Teatro Helena Sá e Costa, no âmbito do Festival Internacional De Teatro De Expressão Ibérica (FITEI), pelas mãos do Teatro Nacional São João, para depois passar por Braga, pelo Theatro Circo, a 21 de maio, e finalmente descer a Lisboa, onde estará em cena de 20 a 25 de julho, no São Luiz Teatro Municipal.
Este espetáculo passa-se “numa sociedade que atinge uma democracia absoluta, que passa a ser governada por uma Inteligência Artificial”, explicou Diogo Freitas, que concebeu esta “espécie de trilogia” com Filipe Gouveia, o dramaturgo residente, autor de todos os textos.
Com esta peça, a estrutura artística apresenta uma proposta de leitura histórica, social e política da sociedade atual e de uma futura, imaginada com base no crescente avanço das novas informações e tecnologias, e consequente impacto na forma de ver o mundo, convidando a uma reflexão sobre a importância de preservar e viver em pleno a democracia.
O segundo espetáculo, intitulado “Como perder um país”, tem estreia absoluta no dia 2 de julho, na Casa das Artes de Famalicão, e vai passar pelo Rivoli no Porto, nos dias 12 e 13 de novembro, e pelo Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, no dia 15 de novembro.
Segundo o diretor artístico, as datas de Felgueiras, onde a peça também será apresentada, ainda estão a ser fechadas, e a última paragem será no Teatro Baltazar Dias, no Funchal, ilha da Madeira.
O segundo espetáculo deste ciclo dedicado à democracia pretende ser um “grito futurista que abalará conceitos políticos sociais”, e debruça-se sobre a questão “o que é a manipulação?”, disse, explicando que, nesta peça, os media estão muito presentes (embora estejam também nos outros dois), pela sua importância enquanto veículo transmissor de informação.
O terceiro espetáculo ainda não está criado e só se estreará no dia 2 de junho de 2022, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
Desta peça, intitulada “Tratado, a Constituição Universal”, os autores só têm por enquanto “uma memória descritiva”, mas a ideia base é propor “uma espécie de dissolução de países” para dar lugar a “Estados políticos: Estado democrático, Estado absoluto, Estado anárquico…”.
Em princípio, será um espetáculo mais interativo, em que o público é dividido em dois grupos e participará nas “eleições”.
O corpo da peça “Tratado, a Constituição Universal” vai começar a ser criado em duas residências artísticas, a primeira em outubro, no Teatro Viriato, em Viseu, e, a segunda, em dezembro, na Oficina Vila Flor, em Guimarães.
Além de Diogo Freitas e Filipe Gouveia, a Momento – Artistas Independentes é composta por Paulo Pires, responsável pela música, e Pedro Abreu, desenhador de luz.