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Firma Iberodye de Vila do Conde abre insolvência e deixa mais 52 trabalhadores no desemprego

27 Abril 2021
Firma Iberodye de Vila do Conde abre insolvência e deixa mais 52 trabalhadores no desemprego
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A empresa Iberdoye, na freguesia de Macieira da Maia, em Vila do Conde, abriu insolvência, encerrou portas definitivamente e deixou agora mais 52 trabalhadores no desemprego, depois de já ter três meses de salários em atraso e dívidas às Finanças e à Segurança Social. No total, desde janeiro passado, mais de uma centena de trabalhadores ficou sem emprego.
A Iberodye era uma tinturaria de fios e malhas em Macieira da Maia, Vila do Conde, que recebeu fundos comunitários do Portugal 2020, e a distinção do IAPMEI, Agência para a Competitividade e Inovação, em 2018. Depois de “várias vidas”, em que já se tinha chamado Belfil e depois Condytinge, quando esta última empresa declarou insolvência, em 2011, assumiu o nome Iberodye, mantendo a mesma administração e instalações que a sua antecessora.
Há três anos, a notícia sobre a Iberodye era o investimento de mais de 3,4 milhões de euros na modernização da fábrica, com apoio do programa Portugal 2020 e com direito a distinção do IAPMEI, a Agência para a Competitividade e Inovação, como uma das empresas mais promissoras a nível nacional. Só que a promessa deu lugar às dívidas. Há mais de um ano que a entidade acumulava dificuldades. Agora que declarou insolvência, tem em falta, para além de pagamentos a vários fornecedores, as contas da eletricidade e da água, as prestações devidas ao Estado, Segurança Social e Finanças, e empréstimos à banca.
A fábrica também está a dever três meses de salários aos trabalhadores, que foram obrigados a recorrer ao Fundo de Garantia Salarial. Agora, ficaram sem emprego 52 trabalhadores, que se juntaram a outros tantos despedidos no final do mês de janeiro passado.
A situação é relatada por um trabalhador que preferiu não se identificar: “desde que a pandemia começou que a situação se vinha agravando: começaram a pagar os salários aos bocados e o trabalho era pouco”. Estiveram em ‘layoff’ durante o primeiro confinamento e o mesmo sucedeu já em 2021, em fevereiro e março: “íamos para casa, à vez, duas semanas”, clarifica.
O mesmo trabalhador afirma que a administração “não teve nenhuma consideração” pelos trabalhadores, “muitos com 15, 20 e 25 anos de casa”.