O Ministério Público (MP) acusou um homem de sete crimes de furto qualificado, cometidos em residências no Porto, em Vila Nova de Gaia, em Gondomar e em Matosinhos, informou a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
Em nota publicada na página da Internet, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) explica que o Ministério Público (MP) “considerou indiciado que o arguido, durante largo tempo, trabalhara para empresas de telecomunicações, ficando em carteira com elementos relativos a clientes, nomeadamente as idades e as moradas”.
Segundo a acusação, o arguido, quando já não estava ao serviço de qualquer destas empresas, “decidiu usar tais informações em seu benefício, apresentando-se perante aqueles clientes como se estivesse ao serviço e fosse técnico operador de telecomunicações, sinalizando avarias inexistentes para lograr entrar nas casas e, aí, subtrair o que lhe aprouvesse”.
O Ministério Público (MP) sustenta que o arguido, entre 13 de janeiro e 12 de agosto de 2020, “assaltou, deste modo, sete casas de residência, quatro localizadas no Porto, uma em Vila Nova de Gaia, uma em Gondomar e uma em Leça da Palmeira”, Matosinhos.
A acusação, citada na página da Internet da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP), conta que a entrada nas habitações “foi franqueada pelos respetivos residentes, crentes no arguido, que se lhes apresentava como técnico de telecomunicações, ao serviço de empresa a operar no mercado, e como ali estando para resolver questões de sinal de televisão ou de internet”.
“De acordo com a acusação, no interior da casa, o arguido solicitava ao residente que ligasse a televisão e que, com o comando, fosse premindo determinada tecla que lhe indicava, operação necessária, dizia, para que levasse a cabo as reparações ou verificações; depois, com o residente assim ocupado, o arguido deslocava-se pela casa e deitava mão ao que entendesse, geralmente objetos de ouro e prata”, refere a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).
Os ofendidos, acrescenta o Ministério Público (MP), “tinham todos idade avançada”, entre os 67 e os 97 anos.
De acordo com a investigação, o arguido, que se encontra sujeito à medida de coação de prisão domiciliária, “apropriou-se de bens com valor estimado superior” a 24.550 euros.
A acusação foi deduzida em 2 de março deste ano pelo Ministério Público (MP) no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).