Última hora

Falso familiar do Primeiro-Ministro António Costa acusado de burla para obter empregos públicos

22 Março 2021
Falso familiar do Primeiro-Ministro António Costa acusado de burla para obter empregos públicos
Local
0

Um homem fez-se passar por Ministro da Economia, fez crer que era familiar do Primeiro-Ministro António Costa e falsificou o currículo para tentar obter emprego em entidades públicas, acusa o Ministério Público de Matosinhos.
Segundo os indícios recolhidos e divulgados esta segunda feira pela Procuradoria-Geral Regional do Porto do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Matosinhos, no período entre março de 2017 e julho de 2018, em três ocasiões distintas, o arguido pôs em prática um plano para conseguir a sua contratação laboral em empresas públicas e privadas e numa autarquia local, sem que reunisse requisitos para o efeito, de forma a obter para si um enriquecimento de valor sempre superior a 5.100 euros.
O estratagema passou, conforme apurou o Ministério Público de Matosinhos, por elaborar um “Curriculum Vitae” com dados falsos relativamente às suas habilitações académicas e experiência profissional.
O arguido também utilizou endereços de correio eletrónico, por si criados, como se do Ministro da Economia se tratasse.
Mais ainda: o arguido, “ou alguém a seu mando”, fazendo-se passar pelo próprio Ministro da Economia, contactou telefonicamente decisores das entidades onde queria emprego, “aos quais apresentou o candidato a emprego como sendo um familiar do senhor Primeiro-Ministro [António Costa], enviando-lhes em seguida o referido “Curriculum [Vitae]””.
Ao contrário do pretendido, o arguido não obteve qualquer resposta das entidades públicas contactas e, ao invés, acabou denunciado às autoridades por um presidente de Câmara.
A Procuradoria-Geral Regional do Porto, que divulgou esta segunda feira a acusação na sua página de Internet, não adianta de que presidente de Câmara se trata.
No caso de uma empresa privada, o arguido “acabou por não comparecer” para “assinar o contrato e iniciar funções”.
O homem agora indiciado está acusado de falsidade informática e burla qualificada na forma tentada.