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Trabalhadores da Petrogal dispostos a “tudo” pela defesa da refinaria da Galp de Matosinhos

16 Fevereiro 2021
Trabalhadores da Petrogal dispostos a “tudo” pela defesa da refinaria da Galp de Matosinhos
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“Na defesa da refinaria do Porto [Leça da Palmeira, Matosinhos], os trabalhadores da Petrogal e as suas estruturas vão fazer tudo o que for possível e o que estiver ao nosso alcance. Basicamente, é o que nos permitir a Constituição da República Portuguesa”, garantiu Telmo Silva, dirigente sindical da Fiequimetal – Federação Intersindical, aos deputados da comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.
O presidente da Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Galp, Hélder Guerreiro, também ouvido pela comissão, salientou que a luta é “pelo futuro” e que “não é só um processo de luta em defesa dos postos de trabalho, mas também em defesa da produção nacional, das exportações e do desenvolvimento do país”, que, defendeu, “o Governo não está a salvaguardar”.
Os representantes dos trabalhadores deram também conta de terem enviado várias cartas ao Governo, onde expõem a sua posição relativamente à intenção de encerrar aquele pólo industrial, para as quais dizem não ter obtido qualquer resposta.
“Tivemos uma ação de luta no dia 2 de fevereiro, em frente à residência oficial do Primeiro-Ministro e até hoje não temos qualquer palavra do senhor Primeiro-Ministro. […] O Governo não se pode alhear desta decisão”, enquanto acionista da empresa, defendeu Telmo Silva.
Segundo aquele dirigente sindical, os representantes dos trabalhadores e a administração da Galp reuniram-se pela primeira vez, depois de ter sido conhecida a decisão, no dia 19 de janeiro, passado quase um mês da comunicação da empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre a decisão de fechar a unidade petroquímica de Matosinhos e concentrar a refinação em Sines.
Telmo Silva lamentou, no entanto, que a reunião se tenha resumido à entrega de “uma comunicação”, sem que a empresa apresente ainda soluções para a questão dos postos de trabalho que estão em causa.
“Até ao momento, ainda não temos conhecimento de que tenham existido reuniões com trabalhadores quanto a propostas concretas”, adiantou o dirigente da Fiequimetal.