O movimento “Também Somos Portugueses” apelou hoje ao Governo e aos partidos políticos representados no Parlamento para a necessidade de alterar as leis eleitorais para os emigrantes, defendendo o voto remoto para participar na vida pública portuguesa.
“O movimento “Também Somos Portugueses” considera que infelizmente as próximas eleições provarão que o voto remoto será a única forma de permitir que os portugueses no estrangeiro continuem vinculados à vida pública em Portugal, e apela a que os partidos políticos representados na Assembleia a República e o Governo tirem as conclusões e assumam a necessidade das alterações às leis eleitorais que há anos os emigrantes defendem”, lê-se num comunicado enviado hoje à comunicação social.
O movimento estima que vá existir uma “elevada abstenção forçada” no seio dos portugueses que vivem no estrangeiro nas próximas Eleições Presidenciais, porque o voto tem de ser presencial.
O movimento diz que contactou, em novembro passado, todos os partidos políticos representados na Assembleia da República, o Governo e a Comissão Nacional de Eleições (CNE), para tentar uma alteração urgente à atual lei eleitoral que permitisse o voto postal para estas eleições, mas que, “infelizmente”, foi-lhes dito que tal não seria possível em tempo útil.
“Registámos, no entanto, por parte de várias forças políticas e da própria CNE a abertura para uma revisão das leis que permita o voto postal para eleições futuras. Registámos também a disponibilidade para testar o voto online remoto”.
As Eleições Presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
Às Presidenciais concorrem sete candidatos: Ana Gomes, apoiada pelo PAN e Livre, André Ventura, apoiado pelo Chega, João Ferreira, apoiado pelo PCP e PEV, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, Tiago Mayan Gonçalves, apoiado pela Iniciativa Liberal, e Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, apoiado pelo partido RIR.