Última hora

João Ferreira sugere na Póvoa de Varzim criação de empresa pública de dragagens de norte a sul

21 Janeiro 2021
João Ferreira sugere na Póvoa de Varzim criação de empresa pública de dragagens de norte a sul
Política
0

O candidato presidencial João Ferreira sugeriu esta quarta feira a criação de uma empresa pública de dragagens para não ser necessário contratar esse serviço a uma empresa externa de cada vez que é preciso executar operações de desassoreamento.
“Devia haver uma empresa pública dedicada à dragagem. Fazia sentido ter uma empresa pública com capacidade própria para o fazer de norte a sul”, sugeriu o candidato comunista, depois de ouvir pescadores da Póvoa de Varzim a defender a existência de “dragagens permanentes”.
João Ferreira esteve esta quarta feira à noite reunido com pescadores e armadores na Póvoa de Varzim, que se queixam de estar a viver uma situação “insustentável” devido não só à falta de pescado pela imposição de quotas, como à quebra nas vendas.
No porto de pesca da Póvoa de Varzim, o eurodeputado ouviu queixas dos armadores e pescadores do cerco, que dizem ter as suas frotas praticamente paradas, estando apenas a sair para o mar as frotas polivalentes.
“Neste tempo, nem cavala nem carapau aparece, é um achado. O pescador ganha a vida é quando tem peixe”, lamenta Jerónimo Viana, notando que o verão ainda está longe e que a pesca da sardinha só se inicia “a 1 de junho”.
A falta de mão de obra, que “já não era famosa”, vai ser “terrível”, com as tripulações a serem já, em boa parte, preenchidas por imigrantes, relata o armador mestre.
“Este é o maior núcleo piscatório do país e nunca tivemos uma crise tão grande. Em mais de metade da frota polivalente a tripulação é estrangeira, nomeadamente indonésia”, notou Jerónimo Viana.
Para João Ferreira, “é evidente que há um problema na pesca muito grande”, sobretudo “pela instabilidade quando se está no ativo”, e o “problema das reformas”, com a agravante de ser uma profissão de desgaste rápido.
As Eleições Presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.