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INE avança mesmo com Censos 2021 apesar da Covid-19 e está a recrutar cerca de 15 mil pessoas

2 Janeiro 2021
INE avança mesmo com Censos 2021 apesar da Covid-19 e está a recrutar cerca de 15 mil pessoas
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Apesar da pandemia, o Instituto Nacional de Estatística (INE) decidiu avançar com os Censos de 2021, com maior uso de tecnologias e um plano de contingência, permitindo o recrutamento temporário de milhares de recenseadores no início de 2021. A equipa terá cerca de 15 mil pessoas, metade daquelas que realizou a operação de 2011.
A possibilidade de adiamento do recenseamento geral da população e da habitação em Portugal foi colocada em cima da mesa, devido às dificuldades com que as equipas do INE se têm deparado desde março devido à Covid-19, com limitações, por exemplo, ao nível da realização dos inquéritos ao emprego durante o Estado de Emergência. O cancelamento do trabalho de campo presencial em todas as operações estatísticas do INE também determinou a suspensão do inquérito-piloto dos Censos que estava programado para entre os meses de março e maio de 2021.
Já empurrar o recenseamento para 2022 implicaria não cumprir com as regras censitárias europeias. Os obstáculos à mudança de calendário foram pesados pelo Conselho Superior de Estatística em maio passado, que deixou ao INE a procura da melhor solução. A decisão acabou por ser a de manter os Censos em março de 2021, em colaboração com as autarquias, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as Forças de Segurança, e tendo em conta que as eleições autárquicas deverão decorrer no último trimestre de 2021.
“Após uma rigorosa análise e avaliação das consequências de uma alteração do ano censitário e da viabilidade da sua realização conforme planeado, o INE decidiu manter a operação em 2021”, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Para tal, os Censos exigem este ano um plano de contingência que irá, segundo o INE, “garantir a qualidade da execução dos censos e acautelar os riscos para a população e estrutura de recolha que a operação comporta no atual contexto epidemiológico”.
Já em janeiro, será a vez de começar a recrutar pessoal para a operação, naquela que poderá ser uma garantia temporária de trabalho e remuneração para muitos dos que ficaram desempregados devido à pandemia de Covid-19. O recrutamento é feito para contratos à tarefa, com os recenseadores a ganharem em função dos inquéritos realizados. Ainda assim, o INE pretende ter ao serviço apenas metade do pessoal que realizou os Censos de 2011.
“A estrutura de recolha prevê cerca de 15 mil intervenientes com diferentes funções, dos quais cerca de 11 a 12 mil na qualidade de recenseadores”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE)
Os Censos de 2021 vão ser os primeiros fora dos moldes tradicionais, privilegiando os inquéritos realizados via Internet. A medida foi prevista já em 2019, mas torna-se agora mais relevante com a pandemia.
O plano de contingência da operação prevê, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), um “protocolo de segurança de saúde pública ao abrigo das regras emanadas pelas autoridades de saúde, uma estratégia que reforça a opção pela recolha de informação através da internet e o apoio à população através de uma linha telefónica, e o reforço dos mecanismos de controlo do trabalho de campo e de validação da informação recolhida num contexto de crise pandémica”.
Além disso, o Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que os recenseadores vão trabalhar nestes Censos de 2021 com uma nova aplicação móvel e um maior recurso às novas tecnologias da informação.
Pode consultar todos os processos de recrutamento válidos para o recenseamento Censos 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE) aqui.