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Nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 pode não diminuir eficácia das vacinas desenvolvidas

21 Dezembro 2020
Nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 pode não diminuir eficácia das vacinas desenvolvidas
Tecnologia
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) disse que, de acordo com os dados de que dispõe, a nova variante do novo coronavírus detetada no Reino Unido pode não diminuir a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a Covid-19.
“As vacinas demonstraram ser capazes de induzir a produção de anticorpos protetores nos seres humanos contra várias regiões da espícula do vírus, pelo que, com base na opinião dos peritos do Reino Unido, não existem dados que sugiram a perda de eficácia das vacinas nesta nova variante”, explica a Direção-Geral da Saúde (DGS).
As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta de uma nova variante do SARS-CoV-2, que, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), “apresenta múltiplas mutações numa das proteínas do vírus (na proteína da espícula)”.
“Estas alterações podem estar associadas ao aumento da transmissibilidade do novo coronavírus. As mutações do vírus, que tornaram esta variante a dominante no Reino Unido, estão a ser acompanhadas pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças [ECDC] e pelas autoridades de saúde em Portugal”, acrescenta a nota.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que, “de acordo com a evidência disponível, a nova variante não parece não ter impacto na mortalidade por Covid-19”, embora a informação seja “insuficiente para que existam dados definitivos sobre a nova variante e o seu impacto na pandemia”.
“É esperado que com a transmissão contínua de um vírus RNA ocorram processos de evolução e adaptação, como é o caso do SARS-CoV-2. A maioria das mutações não aumenta o risco para o ser humano. No entanto, algumas mutações ou combinações de mutações podem fornecer ao vírus uma vantagem seletiva, como o aumento da transmissibilidade ou como uma maior capacidade de evadir à resposta imune do hospedeiro”, frisa a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A autoridade de saúde lembra ainda que, de uma forma geral, “os vírus mudam constantemente por meio de mutações, pelo que o surgimento de uma nova variante é uma ocorrência esperada, não sendo um motivo de preocupação por si só”.
“O impacto desta nova variante na sensibilidade e especificidade dos testes laboratoriais utilizados para o diagnóstico de Covid-19 está ainda a ser analisado, mas a Orientação 015/2020 da Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a utilização de pelo menos dois alvos distintos do genoma para o diagnóstico laboratorial por RT-PCR, por precaução, para acautelar este tipo de situações”, termina a resposta dada agora pela Direção-Geral da Saúde (DGS).