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AMP vê medidas anunciadas de combate à Covid-19 como “solução correta” numa “primeira etapa”

2 Novembro 2020
AMP vê medidas anunciadas de combate à Covid-19 como “solução correta” numa “primeira etapa”
Política
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O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) considerou que as medidas de combate à Covid-19 anunciadas este sábado espelham uma “partilha de responsabilidades” e uma mensagem de “responsabilidade civil” e que são uma “solução correta” numa primeira etapa.
“Não é o recolher obrigatório que o Estado de Emergência permite, mas é um dever de recolhimento obrigatório no quadro da responsabilidade cívica. Julgo que para uma primeira etapa e para uma solução mais imediata foi a solução correta”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.
O líder da Área Metropolitana do Porto (AMP) sublinhou a “grande serenidade da parte do primeiro-ministro” na conferência de imprensa após um Conselho de Ministros extraordinário que decidiu novas decisões para controlar o aumento de casos de Covid-19 no país, considerando que António Costa “fez uma triangulação muito positiva entre a responsabilidade dos cidadãos, o papel do legislador, do Governo e das autarquias, e em terceiro lugar o papel que as empresas têm de ter”.
Todos os 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP) estão entre os 121 municípios que vão ficar em confinamento parcial a partir de quarta feira, 4 de novembro, devido à pandemia do novo coronavírus.
Além do dever cívico de recolhimento domiciliário, nestes 121 concelhos nos estabelecimentos não poderão ter mesas com mais de seis pessoas e o seu horário de fecho passa a ser as 22:30.
O teletrabalho também se torna obrigatório, salvo “oposição fundamentada” pelo trabalhador.
Nestes territórios também ficam proibidas as feiras e os mercados de levante, e os eventos e celebrações ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.
Na passada quarta feira, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) defendeu que fosse decretado o Estado de Emergência, generalizando as medidas de combate à Covid-19 “a todo o país” de forma “coerente e homogénea”.
Agora, questionado sobre esta matéria, Eduardo Vítor Rodrigues, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, disse que “ficou evidente” que é para aí que o país caminha “se as coisas não melhorarem”, mas mostrou confiança nas medidas anunciadas este sábado.
“A adotar o Estado de Emergência como se sabe, precisaríamos de mais alguns dias porque teria de vir do Presidente da República, ir ao Governo e ser promulgado a seguir. Julgo que o Governo assumiu uma solução intermédia e fez um apelo ao civismo, esperando que as coisas evoluam positivamente, mas deixando a porta aberta para que as coisas possam seguir num rumo diferente”, disse o autarca.
Para garantir um “alívio nos ajuntamentos, no espaço público e nos transportes públicos”, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) sublinhou “a partilha de responsabilidades com os cidadãos e as empresas”, recordando que estas “passam a ter agora de novo vinculadas uma série de medidas, nomeadamente o desfasamento de horários”.
“São absolutamente determinantes para aliviar a pressão no espaço público e nos transportes públicos. E isso embora já estivesse em cima da mesa desde agosto, não tem sido cumprido pela generalidade das empresas”, disse o autarca.
Para definir a lista dos 121 municípios, foram incluídos os concelhos com mais de 240 casos de infeção com o vírus da Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
António Costa sublinhou que este critério é o que é seguido pelo Centro Europeu de Controlo das Doenças.