O compositor Lucas Rei Ramos venceu o 13.º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim, com a obra “As Estruturas de Solaris”, enquanto o público do festival distinguiu “Ministério do Caos”, de Manuel Brásio.
O anúncio foi feito durante o concerto final do concurso, pelo Drumming – Grupo de Percussão, de Miquel Bernat, que decorreu no âmbito do 42.º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, e que tinha as duas composições como obras finalistas.
Lucas Rei Ramos obteve o 1.º prémio, no valor de 2.500 euros, atribuído pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e Manuel Brásio, o 2.º, pela Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim, no valor de mil euros, a que junta os 500 euros do Prémio do Público do festival. As duas obras serão editadas em partitura.
O Drumming, que em 2019 completou 20 anos, foi o agrupamento convidado desta edição, o que impôs, à partida, às obras concorrentes, a utilização de pelo menos quatro instrumentos de percussão.
Lucas Reis Ramos nasceu em 1986, em Muros, na Galiza. Iniciou-se como pianista de jazz, mas acabou por se interessar pela composição, o que o levou à Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), no Porto, depois da formação em Comunicação Audiovisual e do curso de História e Ciências da Música, em Espanha. E é professor do Conservatório de Música do Porto.
Manuel Brásio nasceu em 1992. Formado em contrabaixo e percussão pela Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, licenciou-se em Composição pela ESMAE. É mestre em Multimédia e Design de Som pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. É professor, compõe para cinema e teatro, fez parte da equipa da Digitópia da Casa da Música. E concebeu e interpretou o espetáculo “Suprahuman”, estreado em 2018.
O Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim tem por objetivo premiar obras de compositores nascidos depois de 1 de janeiro de 1985. O júri da edição deste ano contou com os compositores Luís Tinoco, Jesús Rueda e Sara Carvalho.