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Pais solidarizam-se com professora agredida na Póvoa de Varzim e fazem cordão humano

3 Março 2020
Pais solidarizam-se com professora agredida na Póvoa de Varzim e fazem cordão humano
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À saída da Escola EB1/JI de Pedreira, Argivai, pertencente ao Agrupamento de Escolas Cego do Maio, na Póvoa de Varzim, uma educadora de infância foi agredida pela mãe de uma criança, já no exterior, necessitando de receber tratamento hospitalar.
Em repúdio pelo ocorrido, a Associação de Pais da escola convocou “todos os pais e familiares para um cordão humano contra a violência”, o qual teve lugar esta segunda feira, 2 de março, pelas 17 horas.
A informação foi avançada às redações pelo Sindicato dos Professores do Norte (SPN) que se associa a este protesto contra a violência que atinge professores e educadores.
“A direção do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) manifesta inteira solidariedade à docente agredida, disponibilizando-se para a apoiar no que esteja ao seu alcance, considera intolerável qualquer situação de violência sobre trabalhadores da educação, docentes ou não docentes, nada justificando ou desculpabilizando um crime especialmente grave, perpetrado num espaço e num contexto em que devem prevalecer relações de respeito mútuo, de civilidade, de hospitalidade”, afirma o documento do Sindicato dos Professores do Norte (SPN).
O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) acusa também o Ministério da Educação de persistir numa atitude de “desvalorização das situações ocorridas”, com o argumento de que as estatísticas comprovam que tais situações estarão a diminuir de frequência.
Arlindo Ferreira, diretor do agrupamento de escolas Cego do Maio, do qual a escola de Argivai faz parte, já repudiou a situação, e escreveu no seu que “são inúmeras as agressões a docentes por parte de alunos e encarregados de educação, mas muitas delas ficam em segredo sem que venham parar à comunicação social, uma vezes por vergonha do agredido, outras porque se quer manter segredo destes casos”.
O professor pede que “ninguém se deve esconder”, que para “que isto tenha um fim é necessário atuar de imediato e exigir penas agravadas a quem comete estes atos”, e que “nunca estive longe de imaginar que na minha escola isto um dia poderia acontecer, como aconteceu. É como o Covid-19 que ainda cá não chegou, mas sabemos todos que mais dia menos dia chegará”.