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Dragagem de fundo da barra do porto de Vila do Conde deve arrancar já em setembro

5 Setembro 2019
Dragagem de fundo da barra do porto de Vila do Conde deve arrancar já em setembro
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O Ministério do Mar adjudicou a dragagem da barra do porto de pesca de Vila do Conde, devendo a empreitada arrancar ainda durante este mês.
Em comunicado, a tutela adiantou que a dragagem, que permitirá remover 25.000 metros cúbicos de sedimentos do leito do canal, deverá demorar cerca de duas semanas e o investimento nesta obra é de 150 mil euros.
Segundo o Ministério, “a execução desta dragagem irá decorrer dentro da janela temporal adequada, ou seja, durante o período de condições meteorológicas favoráveis, permitindo que estejam restabelecidas as condições de segurança no porto de pesca no próximo inverno marítimo, período em que o estado do mar e os riscos na navegação são superiores”.
Na nota, o Ministério do Mar acrescentou que os contratos de adjudicação das dragagens nos portos de Peniche, no distrito de Leiria, e Lagos, distrito de Faro, foram assinados na passada quarta feira.
A concelhia do PSD de Vila do Conde denunciou na quinta feira o atraso nas intervenções de dragagem na barra do porto de pesca local, alertando que “pode estar iminente uma catástrofe”.
O local tem sofrido, frequentemente, problemas de assoreamento, que condicionam a navegabilidade do canal, na foz do rio Ave.
“É a nossa porta de entrada e saída, mas que não nos dá segurança. Quando as marés estão em cima vamos bem, mas quando desce já não há condições. Há sempre receio, mas por vezes temos de arriscar”, disse Manuel Sencadas, mestre de uma embarcação de Vila do Conde.
O pescador, de 50 anos, que começou a profissão com apenas 13, confessou que ainda recentemente ficou com a sua embarcação presa no leito, mas que a classe piscatória que usa o porto de pesca de Vila do Conde tem de desafiar a natureza para sobreviver.
“Se não trabalharmos não ganhamos e esta situação condiciona muito. Às vezes nem conseguimos entrar neste porto para descarregar o nosso peixe, temos de ir para Matosinhos. A solução era haver dragagens permanentes”, frisou Manuel Sencadas.