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Tribunal liberta empresário da Póvoa de Varzim detido em megaoperação anti-tráfico de droga

28 Março 2019
Tribunal liberta empresário da Póvoa de Varzim detido em megaoperação anti-tráfico de droga
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O empresário da Póvoa de Varzim detido e libertado, no espaço de um dia, no âmbito de uma investigação da GNR, já comentou o caso.
O empresário da Póvoa de Varzim, que tinha sido detido por alegadamente vender carros a alegados traficantes, disse que “essa é a ligação que a GNR pensava que eu teria. Mas não existe nada. Mesmo eles, quando fazem a abordagem à empresa e vêm que está tudo certo com a contabilidade, se foram apercebendo de que não era como eles pensavam. Mas foi tudo esclarecido”.
O caso foi notícia em toda a imprensa nacional e o empresário da Póvoa de Varzim diz que muito do mal já está feito, salientando que “nem tudo é como a comunicação social escreve. Andamos anos a construir um nome e uma imagem, e depois para derretê-la bastam 2 minutos. A primeira notícia que sai é a que faz mais mossa”.
Empresário da Póvoa de Varzim foi um dos nove detidos numa megaoperação anti-tráfico de droga, com diligências em Setúbal, em Lisboa e no Porto.
O empresário da Póvoa de Varzim, que ficou conhecido por ter fornecido o carro em que faleceu o ator e cantor Angélico Vieira, foi um dos nove detidos na madrugada desta quarta feira.
O advogado do empresário da Póvoa de Varzim disse estar “absolutamente estupefacto, incrédulo e chocado. O que aconteceu aqui é muito grave, há uma violação grosseira: a detenção fora de flagrante delito. A lei diz que as pessoas só podem ser detidas sem flagrante delito se houver fundadas suspeitas de que o visado não se irá apresentar voluntariamente. Nós estamos a falar de um homem sem nenhum antecedente criminal”, lembrou, criticando o facto do seu cliente ter sido “submetido a interrogatório não judicial”.
Na operação da GNR foram detidos mais seis homens e duas mulheres, com idades entre os 21 e os 47 anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e branqueamento de capitais. A GNR refere que se trata de “uma estrutura criminal bem organizada, hierarquizada e de elevada complexidade, sediada em Almada, com ligações a outros grupos de indivíduos fornecedores de estupefacientes da zona da Grande Lisboa, e dedicava-se exclusivamente ao tráfico de heroína e cocaína, usando métodos ardilosos, como a criação de empresas, que serviam para justificar e branquear as avultadas quantidades de dinheiro obtidas”.
Nesta operação foram cumpridos 33 mandados de busca, tendo culminado na detenção dos oito suspeitos e na apreensão de 952 doses de heroína, 335 doses de cocaína, oito doses de haxixe, seis veículos, 22.170 euros em dinheiro, 75 munições de diversos calibres, duas armas de fogo e duas réplicas de armas de fogo, bem como artigos relacionados com a distribuição de droga, peças em ouro, equipamento eletrónico e informático, telemóveis e documentação contabilística e bancária.