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Póvoa de Varzim quer assumir-se ‘Cidade Amiga das Pessoas Idosas’

15 Fevereiro 2019
Póvoa de Varzim quer assumir-se ‘Cidade Amiga das Pessoas Idosas’
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O município da Póvoa de Varzim deu o primeiro passo para ter a certificação de ‘Cidade Amiga das Pessoas Idosas’, pretendendo proporcionar condições de vida mais favoráveis para a população sénior.
A iniciativa foi firmada num protocolo entre a autarquia poveira e a Escola de Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, que vai fazer um diagnóstico da situação e apontar as medidas a implementar para melhorar a qualidade de vidas dos mais idosos.
O estudo, que será feito com apoio de parceiros locais, vai incidir em áreas como a saúde, bem-estar, segurança, transportes, edifícios, atividades ou participação cívica, tem como principal objetivo que os idosos possam “envelhecer bem e continuar a ter um projeto de vida”.
“Tem havido preocupação dos municípios se assumirem como amigos das pessoas idosas. Já no Porto e Matosinhos foram implementados projetos semelhantes, e outros concelhos têm procurado aderir, mesmo que de formas diferentes. Neste projeto para a Póvoa de Varzim a grande inovação será trazer para a agenda o item do bem-estar”, descreveu Paula Portugal, docente e coordenadora da iniciativa
A investigadora explicou que o primeiro passo será “mapear as instituições que serão parceiras e identificar as pessoas, os cuidadores e prestadores de serviços que farão parte da recolha de dados”, de modo a criar um diagnóstico em seis meses.
Depois disso, haverá oito meses para se fazer um balanço e colocar em prática um plano de ação, que terá reavaliações periódicas para aferir resultados.
Para o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, esta é uma temática “cada vez mais na ordem do dia”, e que merece uma “ação imediata” para acautelar o futuro.
“A resposta das instituições de solidariedade social a esta questão do envelhecimento já não é suficiente no presente. Os municípios têm, por isso, de se preparar agora para poder, a médio prazo, ter soluções para os problemas”, antecipou Aires Pereira.
Aires Pereira espera que este estudo possa “apontar caminhos e medidas” para que o município possa intervier no que estiver ao seu alcance.
“A primeira responsabilidade é sempre da família, mas o município tem estar presente, sobretudo para os casos de abandono. Esperamos que este programa nos alargue o conhecimento da realidade e nos ajude a desenvolver os projetos que já temos, como os centros ocupacionais ou o desporto sénior, que já abrange mais de 1000 idosos”, apontou o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
Aires Pereira lembrou, também, a necessidade do planeamento urbanístico para corresponder às exigências da população mais envelhecida.
“Defendo um modelo de cidade em que as pessoas possam usufruir dela a pé, sem grandes barreiras, e com segurança. Temos adotado medidas nesse sentido, apostando em ruas pedonais, melhorando a segurança nos atravessamentos e retirando obstáculos. É preciso que os nossos idosos não se sintam aprisionados em casa”, concluiu Aires Pereira.