Nos próximos dias 20 e 21 de outubro, a cidade de Vila do Conde vai fazer uma viagem no tempo. A proposta é para se recuar 700 anos na história vilacondense e celebrar a fundação do Mosteiro de Santa Clara, em 1318, através da realização de uma feira medieval.
Este vai ser um dos momentos altos da programação que ao longo deste ano a Câmara Municipal de Vila do Conde tem vindo a realizar, de forma a assinalar a data da fundação do seu ex-libris.
A autarquia propõe, durante todo o fim de semana, uma viagem na história, até ao reinado de D. Dinis, já que foi pela mão do seu filho natural, D. Afonso Sanches e sua mulher D. Teresa Martins, que foi fundado o Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde.
Danças, arruadas, malabares, voos de aves de rapina e serpentes, até às representações históricas alusivas à fundação do mosteiro, à lenda da Berengária ou aos problemas inerentes na sucessão da coroa, são algumas das propostas, com destaque para a participação especial do elenco do maior teatro de rua do país, “Um Porto para o Mundo”, com dois momentos alusivos à edição “Janelas da Alma, 2018”, no domingo, 21 de outubro.
Ao longo deste evento vai ser ainda possível degustar iguarias na feira gastronómica, onde se destaca a mostra da tradicional doçaria conventual, apreciar o artesanato com produtos alusivos à época ou cunhar uma moeda.
O Mosteiro de Santa Clara foi um convento feminino instituído em 1318 e extinto no século XIX. Do antigo conjunto, resta apenas a igreja em estilo gótico e parte do edifício conventual, reedificado parcialmente no século 18. Na igreja do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde encontram-se os túmulos de Beatriz de Portugal, filha do beato Nuno Álvares Pereira, o dos Condes de Cantanhede e os dos fundadores. Após o decreto de extinção das ordens religiosas, em 1834, a vida no convento foi-se apagando lentamente até chegar ao seu termo, em 1892, com a morte da última freira.
A Feira Medieval de celebração dos 700 anos do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde vai decorrer no sábado das 11 às 24 horas e no domingo das 10 às 20 horas, com entrada livre, no emblemático edifício vilacondense.