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Processo da Confeções Corgo de Vila do Conde ainda por encerrar

20 Março 2018
Processo da Confeções Corgo de Vila do Conde ainda por encerrar
Economia
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Dezenas de trabalhadoras da antiga Cooperativa Confecções Corgo, em Azurara, Vila do Conde, protestaram na passada quinta feira, 15 de março, junto ao Tribunal de Vila Nova de Gaia, para exigirem os salários e as indemnizações devidos.
Um grupo de trabalhadoras da antiga Confeções Corgo, que há 13 anos esperam pelas indemnizações, ficou a saber na manhã da passada quinta feira, no Tribunal do Comércio de Gaia, que o processo da empresa ainda não está encerrado.
Durante o protesto, uma representante do sindicato juntamente com duas trabalhadoras foram recebidas pela secretária judicial do tribunal, que assegurou que a juíza quer resolver a situação, mas que “o processo de acordo não está encerrado”.
Depois das trabalhadoras e uma dirigente sindical terem sido recebidas por uma secretária judicial, ficaram a saber que o administrador foi notificado, no passado dia 7 de março, para fazer o ponto da situação das contas da Confeções Corgo.
“Enquanto não forem fechadas as contas não há dinheiro para distribuir”, disse Maria Luísa Marques, represente do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio de Vestuário de Artigos Têxteis, às trabalhadoras.
De acordo com Maria Luísa Marques, “há que aguardar que o prazo de resposta termine”, sendo certo “a luta das trabalhadoras vai continuar”.
“Eles tinham lá máquinas que venderam e não sabemos o que é feito do dinheiro. Para os trabalhadores é que não veio”, disse uma das ex-trabalhadoras, garantindo que não recebeu três meses de salários, nem os subsídios de férias e de Natal.
“Sou nova para me reformar e velha para trabalhar”, afirmou outra ex-trabalhadora, de 62 anos de idade, com 40 anos de casa na Confeções Corgo, e que nunca mais conseguiu trabalho.
A Confeções Corgo fechou no ano de 2005, deixando no desemprego mais de 150 trabalhadoras e as dívidas da empresa ascendem a quatro milhões de euros, sendo que 1,5 milhões são referentes a salários em atraso.