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Dragagens em Vila do Conde e Póvoa de Varzim criam paralelismo com Superbank da Austrália

20 Fevereiro 2018
Dragagens em Vila do Conde e Póvoa de Varzim criam paralelismo com Superbank da Austrália
Economia
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As barras e os portos de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim estão a ser alvo de um investimento em dragagens na ordem de 1,4 milhões de euros.
A obra de dragagem da Barra do rio Ave, a ser executada através da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, pelo valor de 485 mil euros, foi iniciada no final do passado mês de janeiro e tem uma duração prevista de 80 dias, dependendo das condições do mar. A empreitada tem por objetivo a dragagem de 75000 m3 de sedimento, sendo 73000 m3 na Barra, canal e zona de acesso ao estaleiro de Azurara e 2000 m3 no acesso ao salva-vidas, repondo, assim, as condições de navegabilidade e segurança na área portuária de Vila do Conde.
No porto da Póvoa de Varzim foi efetuado no último mês de dezembro o levantamento hidrográfico de toda a área interior do porto e zona de aproximação, estando agora a ser elaborado o projeto de intervenção. A abertura do procedimento concursal a desencadear pela Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos está previsto para o mês de fevereiro, com uma estimativa de custo total de 922.500 mil euros, prevendo-se que a dragagem se inicie em meados do mês de abril deste ano.
O assoreamento das barras e portos é uma problemática que ocorre um pouco por toda a costa portuguesa e a comunidade do surf de Portugal aproveita sempre a altura das dragagens para relembrar que há um exemplo na Austrália que resolveu, definitivamente, o problema e começou a gerar 20 milhões de dólares todos os anos para a economia local, há já 17 anos.
O Superbank da Gold Coast, em Coolangatta, Austrália, composto pelas ondas de Snapper Rocks, Greenmount, Little Marley e Kirra, foi criado em 2001, graças à implementação de um “bypass” no rio Tweed, em Tweed Heads. Na altura, as entidades competentes contrataram uma empresa para dragar e bombear as areias depositadas da foz do rio de forma a garantir a navegação e implementaram uma bomba de aspiração frequente, que retira a areia de onde está a mais e recoloca-a onde falta. Assim, com as aspirações e bombeamento das areias, à noite, por ser mais barato em termos energéticos, resolveram, de um dia para o outro, o problema do assoreamento e alavancaram a economia local.