Depois de ouvir os debates autárquicos dos candidatos à presidência da Câmara de Vila do Conde nas próximas eleições, em várias plataformas, faço aqui o meu resumo de como prevejo o futuro a partir de 1 de Outubro de 2017.
Elisa Ferraz representa o estado autocrático baseado na figura da presidente, que tudo a si chama sem querer saber da equipa. Ao seu estilo vai dizendo que é a melhor, que tem experiência, que deu provas. Senhora do seu nariz, narcisista e sem querer mostrar, é orgulhosa. Não decide se continua na Câmara se não ganhar. Pessoalmente não gosto de pessoas assim.
António Caetano personifica a continuidade, Copy/Paste de Mário Almeida, no estilo, na voz e nas ideias, demonstrando que aprendeu bem a lição. Repararam no pormenor? Até usa o “pá!” do Almeida! Para aqueles que querem mais do mesmo, diz que continua na Câmara mesmo que não seja presidente.
Constantino Silva, um bom homem, sério, simples, sem subterfúgios, mas precisa de melhorar como político. Não é, nesse sentido, um profissional da política, também não o precisamos, mas com certeza vai aprender muito e será futuramente um bom governante. Eu acredito nele. Não vai fazer acordos, para já, mas vai ver o que acontece.
Pedro Martins é uma pessoa com ideias claras, não sendo ele comunista, claro, um bom político, sabe criar consensos e bater com a porta quando é preciso. Mistura-se com o povo de uma forma simples. Também gosto do seu estilo. Não sabe o que vai acontecer mas estará sempre disposto a colaborar em qualquer dossier.
Louro Miguel é um diplomata, bem formado, com ideias bem delineadas. Talvez pouco acutilante, sem querer grandes confrontos diretos e agressivos pois parece-me uma pessoa calma e bastante educada, seguro e que transmite confiança. Não quer maiorias mas colaboração.
E como será daqui para a frente? Na minha perspectiva vai ser difícil dizer quem vai ser o próximo Presidente da Câmara, mas, naturalmente, o líder da autarquia sairá de um dos três “grandes”.
Vamos eleger 9 vereadores, que para mim serão 3 do PS, 3 da NAU e 3 do Mais Vila do Conde.
Naturalmente, não quero tirar prestígio à CDU e ao BE nem ao trabalho por eles realizado, que muito admiro, mas por tradição não elegem vereadores.
Como não teremos maioria absoluta, iremos ter qualquer coisa como uma “geringonça autárquica” que poderá não resultar e poderá ser dissolvida pela Assembleia Municipal passados alguns meses ou dentro de um ou dois anos.