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Bloco de Esquerda preocupado com bactérias multirresistentes no rio Ave

28 Abril 2016
Bloco de Esquerda preocupado com bactérias multirresistentes no rio Ave
Política
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O Bloco do Esquerda (BE) da Póvoa de Varzim/Vila do Conde mostrou a sua preocupação, em comunicado, com a recente identificação de quatro bactérias multirresistentes no rio Ave.
A descoberta foi feita, recentemente, através de uma investigação conjunta entre o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Universidade de Friburgo, na Alemanha.
Para o BE, a identificação de bactérias multirresistentes no rio Ave coloca “em evidência um risco para a saúde pública” e está em cima da mesa “a possibilidade das bactérias terem aproveitado poluentes químicos para criarem imunidade a antibióticos”.
Vítor Pinto, coordenador do Núcleo do Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, disse que “é importante saber o que está em causa”.
O grupo parlamentar do BE solicitou uma audição à equipa de investigadores que trouxe este caso a público.
As causas para este fenómeno permanecem ainda desconhecidas, mas o Bloco de Esquerda defende que “é necessário identificar as fontes emissoras diretas das bactérias e os poluentes que geraram a evolução das bactérias”.
Recorde-se que, para os investigadores, o impressionante neste estudo foi o isolamento simultâneo de diversas estirpes multirresistentes num pequeno volume de água (200 mililitros), recolhido num açude em Azenha Velha, Riba D’Ave, sendo legítimo extrapolar que estas perigosas bactérias estivessem presentes em grande número no caudal do rio, devido às chuvas de inverno.
Dos contactos que os investigadores estabeleceram com unidades de saúde na bacia do rio Ave nenhuma delas tinha isolado anteriormente bactérias semelhantes.